Em entrevista ao Jornal Sentinela do Oeste, o deputado estadual Marcos Vieira (PSDB) exaltou a criação da ComCoope, a primeira cooperativa de comunicação de Santa Catarina. Representando um novo marco no fortalecimento do cooperativismo no estado, a ComCoope foi celebrada pelo deputado como uma iniciativa pioneira que reforça a autonomia regional e o poder do associativismo. “Temos aqui na nossa região a primeira cooperativa de comunicação de Santa Catarina. Isso é importante para todo o estado. Vocês estão no caminho certo”, afirmou o deputado, detalhando que a partir desse momento a comunicação no estado passa a ser mais pulverizada, não dependendo, exclusivamente, das grandes redes de comunicação. Marcos Vieira acompanha há décadas o crescimento das cooperativas no estado, especialmente no Grande Oeste e parabeniza os comunicadores responsáveis pela criação da ComCoope.
Gestão pública, infraestrutura e educação técnica
Além de destacar o papel das cooperativas, Vieira abordou temas centrais para o desenvolvimento regional, como a interiorização da Assembleia Legislativa, a lentidão das obras de infraestrutura e os desafios na formação de mão de obra qualificada. Segundo ele, levar a Assembleia para cidades do interior foi uma das melhores decisões dos últimos anos. “Não é justo ficarmos só em Florianópolis. A população do Oeste merece saber como funcionam os projetos de lei e participar mais de perto”, comentou, elogiando a realização da sessão itinerante em São Miguel do Oeste.
Questionado sobre o andamento das obras no Oeste, o deputado foi direto: “Está moroso. Precisamos tirar o pé do freio e botar o pé no acelerador.” Ele ressaltou que Santa Catarina tem recursos disponíveis, cerca de R$ 11 bilhões em caixa, e que o orçamento de 2025 será o maior da história, ultrapassando os R$ 55 bilhões. Para ele, o problema atual não é dinheiro, mas gestão.
Marcos Vieira também explicou como o estado passou a arrecadar mais mesmo com uma carga tributária mais baixa, graças à reformulação dos incentivos fiscais e à valorização da produção local. “Santa Catarina é produtora. Aqui transformamos a matéria-prima e colocamos nas prateleiras do mundo. Exportamos para 180 países”, afirmou. Ele atribui esse sucesso à competitividade da economia catarinense e à cultura de trabalho do estado.
Por fim, o deputado fez um alerta sobre a falta de profissionais técnicos no mercado. Para ele, é preciso investir em cursos de nível médio voltados à indústria e à construção civil. “Hoje falta mais um pedreiro do que um advogado. O governo precisa retomar o ensino técnico para garantir emprego e atender à demanda das empresas”, concluiu.