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30/09/2022 às 17h38min - Atualizada em 30/09/2022 às 17h38min

Cães espalhados na cidade causam transtornos

Lixeiros virados, lixo e fezes pelas ruas são comuns em Palma Sola, devido ao grande número de animais de rua espalhados pela cidade

ASO/Douglas Guerini
Nas últimas semanas um grande número de cães está perambulando pelo município de Palma Sola, ocasionando transtornos. Entre eles o risco à segurança de pedestres, prestadores de serviços e de saúde pública. Além disso, os animais estão deixando a cidade suja, com várias lixeiras viradas e lixo espalhado.
Outro problema enfrentado é em relação às fezes de animais em espaços públicos, principalmente canteiros e praças. Vale ressaltar que estes locais são frequentados principalmente por crianças e suas famílias.
O risco que os cachorros correm nas ruas é enorme. Eles não recebem atendimento veterinário, não se alimentam adequadamente e não possuem um local seguro para se abrigar, muitas vezes são maltratados pelas pessoas e contraem sérias doenças como a leishmaniose, salmonella e a raiva, que podem ser transmitidas às pessoas.
Segundo o secretário de indústria de comércio, Rodrigo Calegari, se a situação persistir alguns serviços poderão ser suspensos em bairros específicos, por conta do ataque de animais aos trabalhadores que fazem entrega de mercadorias, correio e a coleta de lixo.
Assim, a administração municipal solicita aos tutores, que mantenham seus animais fechados ou acorrentados para evitar transtornos ainda maiores. Também é imprescindível a colaboração da população para identificar os animais soltos nas ruas e seus respectivos tutores. “Para denunciar um abandono de animal ou mesmo um animal que tem dono, mas anda solto pelas ruas, os munícipes podem estar indo até a secretaria de agricultura. A princípio, como não temos abrigo para esses animais, vamos tentar fazer parcerias com ONG’s e Entidades”, explica o secretário Rodrigo.
Palma Sola, através da Lei Municipal nº 2046/2019, implantou o programa de castração de animais de pequeno porte (cães e gatos). Desde a criação da lei, mais de 400 animais já foram castrados, incluindo animais de rua, para evitar a reprodução e amenizar problemas sociais e sanitários.
A lei municipal ainda prevê que a responsabilidade pelos animais é dos tutores e muitos deles deixam os animais soltos pela cidade. Quem esclarece sobre o assunto é Deise Bordin, agente da Polícia Civil e membro da Associação Palma e Pata: “A grande maioria dos animais nas ruas de Palma Sola estão em situação de abandono, mas quando encontramos um ou outro que possui dono, é realizado procedimento policial denominado Omissão de Cautela na Guarda de Animais. É quando o proprietário responde criminalmente pelo dano causado pelo animal, uma vez que deveria mantê-lo sob sua guarda”, afirma Deise. 
 
De onde vem tanto cachorro?
Conforme Deise, a maioria dos animais são abandonados pelas pessoas. O abandono pode ocorrer por vários motivos: falta de conhecimento em relação ao cuidado de um animal, pelo animal ser velho, agressivo, desobediente, por não atingir as expectativas do seu dono ou falta de dinheiro.
“Quando a pessoa acredita ser incapaz de cuidar de um animal, ao invés de buscar uma doação consciente, simplesmente faz o abandono do mesmo. Ocorre também, de os tutores não castrarem o animal e acabam por abandonar de forma indevida os filhotes. A falta de conscientização de que todo mundo deve ser responsável pelo bem estar da sociedade é o que leva as pessoas não pensarem nas consequências do abandono”, destaca a agente de polícia.
 
Ações para diminuir o número de animais nas ruas
A Associação Palma e Pata é uma das instituições que realizam ações de auxílio aos animais abandonados. A associação ainda é parceira nos mutirões de castração, realiza medidas de conscientização da população e procura lares para os cães abandonados ou vulneráveis. Vale ressaltar que a Palma e Pata não possui um abrigo e não sai recolhendo animais de rua.
“Porém, como toda ação, se não tivermos o apoio da sociedade e o compromisso dos moradores, não há nada capaz de diminuir o problema. O que percebemos é que muitas vezes as pessoas nos cobram solução, como se pudéssemos resolver o problema com um grupo tão pequeno de pessoas. Tentamos ao máximo tratar, medicar, castrar e doar animais encontrados nas ruas, mas somente com a soma de esforços da população e da Administração é que será possível essa diminuição dos animais nas ruas”, explica.
Ela ainda acrescenta que é necessário investir em campanhas de conscientização e apoio para quem faz trabalhos semelhantes a Palma e Pata. “De nada adianta retirar animais da rua e doá-los, se outros cães serão largados nas ruas”, finaliza ela.

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