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28/07/2023 às 16h08min - Atualizada em 28/07/2023 às 16h08min

Prefeito de Guaraciaba perde cargo após ser condenado por rachadinha

Os crimes ocorreram entre 2013 e 2020, quando Dorigon ocupou o cargo de vice. O ex-prefeito Roque Luiz Meneghini também foi condenado. As informações são do Ministério Público

Região
Ministério Público de Santa Catarina
Divulgação
Um dos réus, que atualmente é prefeito do Município, teve a perda do cargo público decretada. A sentença penal atende a uma denúncia da 4ª Promotoria de Justiça de São Miguel do Oeste.
Um ex-prefeito e um ex-vice-prefeito de Guaraciaba, município localizado no Extremo Oeste do estado, foram condenados pela prática do crime de concussão - exigir vantagem indevida em razão da função pública -, no caso, a prática popularmente conhecida como rachadinha. Roque Luiz Meneghini e Vandecir Dorigon foram sentenciados a quatro anos, cinco meses e 10 dias de reclusão, em regime inicial semiaberto, e ao pagamento de 21 dias-multa. Dorigon, que atualmente é prefeito do Município, teve a perda do cargo público decretada. A sentença penal atende a uma denúncia oferecida pela 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de São Miguel do Oeste.
Conforme o Ministério Público de Santa Catarina expôs no processo, no período em que estiveram à frente dos cargos, entre 2013 e 2020, os réus exigiram 10% dos valores recebidos por servidores ocupantes de cargos em comissão como condição para a permanência deles nesses cargos. O fato foi confirmado por testemunhas tanto de forma extrajudicial como judicial, inclusive com o depoimento de um chefe de gabinete - considerado responsável pela cobrança.
“Os servidores, coagidos pela hierarquia exercida pelos acusados, bem como pela ameaça de perderem seus cargos, pois cargos em comissão podem ser demitidos ad nutum (a qualquer tempo), pagavam as referidas contribuições, que posteriormente eram repassadas pelo Chefe de Gabinete aos próprios acusados, inclusive mediante a apresentação de relatório, com a indicação dos servidores que efetivamente pagaram a quantia exigida. Essa exigência de pagamento criou a existência de uma verdadeira ‘taxa de permanência no cargo público’”, asseverou a Promotora de Justiça Marcela Boldori Fernandes nas alegações finais.
O Juízo concordou com o Ministério Público e concluiu que “o repasse de dinheiro era condição para que os ocupantes de cargos comissionados se mantivessem no cargo público, tanto isso é verdade que havia cobrança de pagamento dos meses em atraso sob pressão de exoneração”. 
A sentença é passível de recurso, e a Justiça concedeu aos réus o direito de recorrerem em liberdade.


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