24/12/2023 às 09h00min - Atualizada em 24/12/2023 às 09h00min

Parabéns ou feliz Natal?

Conheça as histórias de Lucia e Ivone, que celebram seus aniversários junto com o Menino Jesus

Da redação
ASO/Sofia Bertolin
O dia do aniversário geralmente é visto como especial e só seu, mas para as nossas entrevistadas, e para muitas pessoas ao redor do mundo, é uma celebração compartilhada com Jesus. A festa tradicional com bolo é substituída pelo peru natalino e pelos panetones. Ainda assim, esta data não deixa de ser comemorada com muita alegria. 
Lucia Maria Strapasson Tartaro, é natural de Aratiba, Rio Grande do Sul, mas mora em Palma Sola há 33 anos. Casada e mãe de duas filhas, Lucia trabalha como professora na Apae Pequeno Guinter há 13 anos. Aos 37 anos, ela se prepara para comemorar mais um aniversário na próxima segunda-feira, dia 25. “Sou a filha mais velha, então fui o presente de Natal da minha mãe”, brinca.
Para Lucia, a maior vantagem de fazer aniversário nesta data é reunir a família. “Se fizesse aniversário em outra data não seria possível comemorar com toda a família, pois todos trabalham. Como nesta época do ano o pessoal está de férias é mais fácil de todos estarem presentes”, afirma.
Ivone Salete Menin, é natural de Palma Sola, nasceu na Coxilha Negra, interior do município. Casada, Ivone é mãe de duas filhas e tem três netos muito amados. Aos 57 anos, ela também celebra mais um ano de vida neste Natal. “Gosto e não gosto ao mesmo tempo do meu aniversário, porque é uma data que a gente não pode comemorar no dia, né? Então assim, você celebra o Natal, todas as festas de final de ano, mas não o aniversário. Tanto é que se você quer fazer uma janta, ou faz antes, ou faz depois. No meu caso é sempre depois, entre Natal e o 1º de ano”, relata.
Na casa de Lucia, o dia 25 é acompanhado da dupla celebração: “Meu aniversário é comemorado sempre no dia 25. Um dia ganhei até festa surpresa do meu marido”, conta. Lucia foi acordada por volta das 6h da manhã ao som de foguetes. “A casa estava cheia, foi muito bom”.
Questionadas sobre ganhar um ou dois presentes, as mulheres afirmam que ganham apenas um, mas tem que ser um presentão. “Só um, mas ele é mais valioso. Tem que ser um presentão de cada um”, brinca Ivone. “Poder reunir a família e comemorar com todos é o melhor presente”, afirma.
“Quando eu era criança nem lembrava que fazia aniversário no Natal, porque a gente sempre se reunia com o nono, com a nona, com a família da minha mãe. Tinha tanta gente, tantos primos, que eu nem lembrava que fazia aniversário. A minha família me parabenizava, mas acabava passando batido, a gente não conseguia comemorar como comemora hoje”, acrescenta Ivone.
Lúcia também não comemorava o aniversário na infância. Conforme ela, a família de agricultores, passava muitos natais trabalhando. “Essa época é a época de colher fumo e feijão, não dava pra deixar o serviço de lado, até mesmo por conta do tempo, às vezes chovia muito, daí quando era bonito tinha que trabalhar. Mas agora adulta, acredito que se não fizesse aniversário nesta data nem teria festa. Me considero muito privilegiada”, conclui.

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