Os alunos do curso realizam visitas nas propriedades modelos do município e da região, o projeto foi implantado para dar preparação aos alunos para ficarem no meio rural. (Foto: Divulgação) A EEB Catharina Seger, escola do distrito Cerro Azul, localizado no interior do município de Palma Sola, foi fundada em 1962 e já chegou a ter 486 alunos matriculados. Hoje, com 21 pessoas compondo a equipe de profissionais, a escola atende 83 alunos, de 11 a 18 anos, divididos entre as turmas do 6º ao 3º ano do ensino médio.
Em 2018 eles implantaram o projeto pedagogia da alternância no ensino médio, o projeto intercala uma semana de atividade escolar em tempo integral na escola, com uma semana de prática na propriedade. O objetivo para 2024, é iniciar o projeto também com a turma do 8º ano do Ensino Fundamental.
Catharina Seger é uma escola localizada no campo que sonha em oferecer aos estudantes o curso técnico em agricultura, atraindo assim, alunos de toda região. O diretor, Lauri Luis Ludwig, relata estar em contato com a Secretaria do Estado de Educação e a Coordenadoria Regional de Educação para que os alunos que concluírem o ensino médio possam receber o certificado de técnico agrícola.
Segundo a professora Rita Hentz, atualmente os alunos formandos recebem um certificado de ensino médio em Pedagogia da Alternância. Por isso o desejo de tornar a EEB Catharina Seger uma escola que forneça o curso técnico agrícola, para os formandos saírem como técnicos. “Queremos nos tornar uma escola agrícola, a partir de 2025”, afirma o diretor.
São necessários alguns requisitos para realizar esse sonho, entre eles, ter um mínimo de alunos matriculados em cada turma, salas de aulas suficientes e profissionais especializados. Segundo o diretor, a escola já cumpre com os requisitos, mas deseja atrair mais alunos.
Em fevereiro, irão fazer uma solicitação à Secretaria de Estado da Educação para poder implantar o técnico agrícola. Para se destacar das demais escolas agrícolas da região, irão utilizar métodos diferentes das mesmas.
Com o projeto de alternância, os alunos do curso vão à escola quatro dias da semana em tempo integral e um dia apenas em meio período. Na outra semana os alunos ficam em casa. Esse tempo é chamado de tempo comunidade, onde são realizados em casa os trabalhos e projetos desenvolvidos durante a semana na escola. Para se destacar e atrair mais alunos, a escola pretende manter a mesma metodologia de ensino.
Durante a semana em que os alunos vão à escola, passam o período de almoço lá, acompanhados por um orientador de convivência. Eles têm em torno de 30 minutos para almoçar e após o almoço desenvolvem atividades como pesquisas, leitura, atividades pendentes, praticam esportes e desenvolvem projetos interdisciplinares.
Projetos desenvolvidos pela escola
Os professores do projeto de vida, das disciplinas agrárias, orientador de convivência, orientador do curso e o diretor, vão até a propriedade dos alunos acompanhar o projeto na prática e levam eles nas propriedades modelos do município e da região. O objetivo é enriquecer ainda mais o conhecimento dos alunos, mostrando a variedade das ações que podem ser realizadas no campo.
Esse projeto foi implantado para dar preparação aos alunos e incentivá-los a permanecer no meio rural. Durante o curso eles precisam desenvolver um projeto de vida, tanto na teoria quanto na prática: “Na semana em que eles vêm à escola aprendem a parte teórica do projeto e na semana comunidade, desenvolvem a prática na comunidade”, explica o diretor.
Grade curricular do ensino médio
Os alunos matriculados no curso terão mais matérias do que o ensino médio normal, totalizando 22 matérias. Além das disciplinas básicas o curso oferece:
- Ciências Ambientais;
- Agroecologia;
- Língua estrangeira – inglês;
- Língua estrangeira – espanhol;
- Agricultura;
- Administração e economia rural;
- Metodologia científica;
- Sistema de produção;
- Zootecnia;
- Criação e produção animal;
- Projeto de vida.
Além da preparação dos alunos, a direção optou em trazer o curso devido à baixa quantidade de alunos na escola: “As escolas de campo que tiverem implantado esses projetos, ficarão abertas”, relata o diretor que tem carinho pela escola, pois concluiu seu ensino médio ali e não deseja ver o fim da EEB Catharina Seger.
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