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06/02/2024 às 15h26min - Atualizada em 06/02/2024 às 15h26min

Programa que coloca comida na mesa de palmassolenses

Roseli Nuncio, mais conhecida como Rose, tem 51 anos e participa há nove anos do programa Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), através do programa ela leva comida pra dentro de casa

Redação
Todas as quartas e sextas um grupo composto por 11 mulheres vão até o distrito Cerro Azul para trabalhar na horta comunitária. (Foto: Ruthe Kezia)
Roseli Nuncio, mais conhecida como Rose, tem 51 anos e reside há 25 anos em Palma Sola, próximo ao antigo soque de erva Araldi, na entrada do bairro Palmares. Ali ela criou seus quatro filhos e dá auxílio aos seus sete netos. Durante os nove anos que participa do programa de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), antigo PET (Programa de Educação Tutorial), plantou, cultivou e levou comida para dentro de casa.
Ela começou a participar do antigo PET através de um convite feito pelo CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), que a incentivou a se inscrever. Algumas conhecidas que participavam na época também lhe convidaram e ela resolveu participar: “Achei que seria uma boa participar para sair um pouco da rotina”, explica Rose que desde seu primeiro dia trabalhando na horta comunitária soube que era ali o seu lugar.
Toda quarta-feira ela vai até o antigo PET para trabalhar na horta, localizada no distrito Cerro Azul, juntamente com as outras mulheres. Para Rose é uma terapia mexer com a terra, carpir, plantar e colher: “Mexer com a terra me renova”, afirma Rose. Além disso, ela sai da rotina do seu trabalho como diarista e convive com outras pessoas. Essa atividade faz com que ela se distraia dos problemas e tenha uma tarde de diversão.
Enquanto elas estão trabalhando, estão sempre conversando, brincando e dando risadas. “Toda quarta eu volto pra casa com a cabeça aliviada e com as mãos cheias de salada”, relata Rose que só falha quando precisa trabalhar ou ir ao médico, mas se não, faça sol ou chuva, está lá.
 
Horta comunitária
As mulheres que participam do programa vão até a horta e lá plantam cebola, milho, mandioca, alface, cenoura, temperos verdes, entre outros. Tudo o que elas plantam, podem levar embora gratuitamente: “Para nós é muito bom, porque com o dinheiro que usaríamos para comprar verduras e legumes, podemos comprar outros alimentos”, relata Rose.
A grande maioria das mulheres que participam do programa não tem espaço no seu terreno para plantar, por isso a horta comunitária é tão importante, pois dá a essas pessoas a possibilidade de plantar e colher seus alimentos gratuitamente. “Isso ajuda muito na renda dessas famílias”, afirma o segundo o coordenador Francisco Pies.
 
Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV)
Em 2002 o município iniciou o programa PET, Francisco relata que 50 crianças participavam na época. “Após um tempo, nós iniciamos a horta comunitária com as mães”, relembra Francisco.
As famílias que participam do programa são aquelas que estão em vulnerabilidade, carentes e necessitadas. O SCFV tem como objetivo fortalecer as relações familiares e comunitárias, além de promover a integração e a troca de experiências entre os participantes, valorizando o sentido de vida coletiva.
Além da horta, onde 22 mães trabalham, o programa oferta para as crianças entre 6 a 15 anos, oficinas de música e recreação. Todas as terças e quintas 62 crianças vão até o distrito para participar do programa.
Nas quartas e sextas um grupo de mães vão até o distrito para trabalhar na horta comunitária. Cada grupo é composto por 11 mulheres.
Francisco relata que o trabalho desenvolvido pelo SCFV fortalece as famílias e gera oportunidades: “Hoje encontro algumas pessoas que passaram por aqui e fico feliz em ver que eles se tornaram gente, através do serviço que prestamos aqui”.
A prefeitura é quem disponibiliza o transporte para levar as crianças, adolescentes e mulheres até o SCFV e lá oferece oficinas e diversas atividades. Esse programa funciona em parceira entre união e município. Para participar os munícipes interessados devem procurar o CRAS.


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