Sentinela do Oeste Publicidade 1200x90
13/02/2024 às 10h00min - Atualizada em 13/02/2024 às 10h00min

Bolachas da Mari: produção é sucesso de vendas em Palma Sola

Além de açúcar, ovos, farinha, manteiga e fermento, Marines Tres adiciona amor às suas receitas de bolacha

Redação
Mari produz as bolachas durante a semana, são cerca de 15 quilos para cada feira. (Foto: Sofia Bertolin)
Além de açúcar, ovos, farinha, manteiga e fermento, Marines Tres adiciona amor às suas receitas de bolacha. Aos 65 anos, Mari, como é mais conhecida, conta como começou a produzir bolachas caseiras para comercialização na Feira de Produtos Locais em Palma Sola, além disso, relata como concilia a produção e os cuidados com sua floricultura.
Marinês morou na linha Progresso do Oeste, interior de Palma Sola. Aos 25 anos casou-se com Selito Tres e se mudou para a cidade de Palma Sola. O casal teve duas filhas, Graziela e Rafaela. Nesse meio tempo, Mari produzia bolachas, geleias, pães e cucas para o consumo de familiares e amigos. “Criei as meninas e quando elas começaram a estudar, fazer faculdade, comecei com as bolachas para a venda, já que o pessoal pedia pra comprar e eu queria ganhar mais”, relata.
Mari produziu as bolachas por uma temporada, mas após seu marido ser eleito prefeito e depois vice-prefeito por dois mandatos, ela começou a dedicar seu tempo a ajudá-lo na prefeitura. Quando Selito saiu da prefeitura, ela voltou a cozinhar. “Voltei a fazer as bolachas, é algo que gosto de fazer. Gosto de fazer bolacha, pão e cozinhar. Tenho a loja, mas não gosto de ficar lá trabalhando parada, sou muito agitada”, conta Mari.
Ainda segundo ela, as receitas que faz hoje para venda, são todas de amigas e vizinhas: “A gente ia passear na casa de uma, na casa de outra, tomava um chimarrão e comia bolacha, se gostava, então eu pedia a receita. Nunca fiz cursos, aprendi fazendo, inclusive já errei várias receitas no começo, mas com o tempo e com a prática a gente acerta”, afirma.
Mari conta que adora compartilhar suas receitas, mas uma receita específica, da bolacha pão de mel, são poucos que conseguiram acertar: “Nenhuma fica igual a minha”. Além dos vários ingredientes, como o mel, não há medida de farinha, o que dificulta na hora de dar o ponto da massa. “É uma bolacha delicada, você tem que sentir na mão quando dá o ponto, então não são todos que conseguem acertar”.
 
Comercialização da Feira
No ano passado Mari começou a comercializar seus produtos na Feira de Produtos Locais de Palma Sola. A princípio, ela queria comercializar as geleias, conservas, frutas, verduras e legumes que produz e cultiva. “Muitas pessoas também fazem bolachas, pães e cucas, então a ideia era levar outras coisas, mas quando o Gaspa [Rodrigo Calegari, que há época era secretário de indústria e comércio] nos procurou, ele insistiu que levasse também as bolachas. Não desprezo ninguém, porque cada um tem o seu jeito de fazer, mas as minhas bolachas são famosas”, conta Mari.
Para fazer a comercialização dos produtos caseiros e artesanais na Feira a família teve que se adaptar, fazer uma cozinha isolada, com telas nas janelas, tudo dentro das normas sanitárias. Na semana que antecede a Feira, Mari tira um tempo apenas para cozinhar, ela relata que gosta de fazer as coisas sozinhas e com tempo. Mari afirma que a pressa é inimiga da perfeição e que as pessoas compram com os olhos.
 “Elas têm que estar bem feitinhas, a gente sabe que as pessoas compram com os olhos, então as bolachas têm que ficar mais ou menos com o mesmo tamanho. Não adianta fazer uma bolacha de cada tamanho ou mal pintada. Tem que fazer com tempo, eu gosto de ficar sozinha fazendo as bolachas, não tenho pressa, tiro o dia para fazer isso. Nesse final de semana teve feira, então não fui pra loja, fiquei só em casa, aí fiz pão, cuca, geleias, bolachas, pão de milho. Mas a bolacha é o que sai mais”, informa.
Mari produz vários tipos de bolacha: de manteiga, pão de mel, milho, bolinho de coco, a bolacha comum, champagne, entre outras. Para as feiras, ela produz em média, 15 quilos de bolacha, às vezes mais. Elas são comercializadas em bandejas de 500 gramas, então são cerca de 30 bandejas vendidas por feira.
“Eu faço durante a semana e gosto de guardar elas nas bacias da tupperware. Tiro um dia para embalar todas elas e colocar nas bandejas, geralmente faço isso na sexta, pois sábado é o dia da feira, aí elas ficam fresquinhas. Não gosto de entregar bolachas velhas. Além disso, só compro produtos bons, manteiga, farinha, amido de milho, tudo de qualidade, isso influencia no sabor da bolacha. Além de prezar pela qualidade dos produtos, temos que cozinhar com amor e carinho”, finaliza Mari.


Receba as notícias do Portal Sentinela do Oeste no seu telefone celular! Faça parte do nosso grupo de WhatsApp através do link: https://chat.whatsapp.com/Bzw88xzR5FYAnE8QTacBc0
Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/jornalsentinela/
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Sentinela do Oeste Publicidade 1200x90