13/04/2024 às 11h15min - Atualizada em 13/04/2024 às 11h15min

Tratamento fitoterápico em Palma Sola

O projeto do horto comunitário localizado no Cerro Azul, distrito de Palma Sola, iniciou em 2019 e tem como objetivo resgatar o uso dos chás para tratamento de doenças

O Sicoob São Miguel agora é parceira do projeto, o objetivo dessa parceria é devolver ao município uma parcela das sobras da cooperativa. (Foto: Douglas Guerini)
Em 2019 a administração municipal de Palma Sola, em parceria com a Secretaria de Assistência Social, iniciou o projeto do horto comunitário. Em cada comunidade foi escolhido uma família para dar suporte aos profissionais e fazer a distribuição das plantas medicinais. O horto fica localizado nas instalações do antigo PET (Programa de Educação Tutorial), no Cerro Azul, distrito do município de Palma Sola. O programa tem como objetivo conscientizar e resgatar a importância do uso dos chás.
A assistente social, Fabiane Pires Santolin, informa que conforme o programa foi crescendo, a Secretaria de Assistência Social juntamente com a Secretaria de Saúde, foram realizando mais palestras de conscientização e também uma capacitação com todos os profissionais de saúde: “Os nossos médicos hoje são capacitados para indicar e transcrever fitoterápicos”, afirma Fabiane.
Para cada mês de 2024, as unidades de saúde do município terão um tipo de planta para fazer a distribuição. As plantas são escolhidas de acordo com as campanhas de saúde e também conforme as estações. Fabiane esclarece que sempre quando um paciente fizer a combinação entre medicamento e uso de chás, deve informar seu médico.
A extensionista rural, Vanessa Ramos, relata que conscientizam as mães e ensinam no Clube de Mães receitas, chás, sal temperado, pomadas e xaropes. Ela conta que ensinam a maneira correta do uso das plantas com o objetivo de melhorar a saúde dos munícipes.
 
Horto
O horto foi construído em forma de um relógio a fim de deixar mais didático e interativo. Ele estava localizado próximo a horta comunitária, mas com o aumento da demanda eles decidiram mudar para um lugar mais espaçoso. Para evitar perdas por conta do clima, além do relógio no antigo PET, a administração tem um canteiro atrás do ginásio municipal.
Francisco Pies é o responsável por cuidar e coordenar o horto, mais quatro pessoas lhe auxiliam nas tarefas diárias, além das mães que participam do programa de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Essas plantas são disponibilizadas para as mães do programa SCFV e também são levadas até as unidades de saúde do município.
A prefeitura, através da Assistência Social, é a responsável por manter o local. O projeto envolve todas as secretarias do município. A Secretaria de Agricultura dá o suporte com esterco e adubo, Assistência Social cede o espaço e os profissionais, a Secretaria de Saúde faz a entrega das mudas e palestras de conscientização e a Secretaria de Obras dá o suporte com maquinários.
A secretária de saúde, Elizandra da Silva, destaca a importância de fazer a população voltar a utilizar os chás. Ela conta que enfrentam uma certa resistência da população em voltar a usar o chá como medicamento.
“Nós não vamos substituir os medicamentos prescritos, retirados em farmácia por um medicamento fitoterápico. O que fazemos hoje é conciliar o tratamento que o médico prescreve com o fitoterápico, pensando sempre no bem-estar do paciente”, afirma Fabiane.
 
Planos futuros
Francisco relata que no futuro eles pretendem estender os canteiros do relógio, para conseguir agregar mais mudas de plantas medicinais e também fazer a cobertura do relógio com sombrite.
No espaço há também um chiqueiro que há muito tempo está desativado: “Para poder utilizar esse espaço estamos transformando esse chiqueiro em um viveiro”, relata Francisco que as plantas do viveiro serão vendidas.
 
Parceria com o Sicoob
A cooperativa Sicoob São Miguel, agência de Palma Sola, agora é parceira do projeto do horto comunitário. O gerente da agência, Eloir Paulo Flach, relata que desejou ir até o distrito conhecer o projeto e entender quais são as necessidades: “Vindo até aqui consigo entender o projeto para em um futuro próximo, junto a cooperativa Sicoob trazer mais recursos e ampliar esse projeto tão bonito aqui em Palma Sola”.
Ele também relata sobre a política do Sicoob em devolver ao município uma parcela das sobras da cooperativa: “Com essa parceria conseguimos reinvestir parte das sobras no município e assim devolver também para os nossos associados palmassolenses”, finaliza Eloir.


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