23/04/2024 às 15h22min - Atualizada em 23/04/2024 às 15h22min

Falta de drenagem pluvial gera transtornos em Anchieta

É comum ver ruas alagadas, água empoçada e comerciantes puxando água para fora de seus estabelecimentos

Rua Mato Grosso na terça-feira, dia 16, após uma chuva intensa. (Foto: Igor Vissotto)
A drenagem pluvial na cidade de Anchieta é um problema de longa data, que se torna evidente nos períodos de chuva intensa e gera transtornos para os moradores e impacta negativamente a infraestrutura urbana, especialmente o centro da cidade. As chuvas sobrecarregam o sistema de escoamento, resultando em alagamentos pontuais, danos às vias públicas e até mesmo prejuízos materiais para os moradores e comerciantes.
Na última semana o Sentinela esteve no município, conversando com os residentes das ruas Mato Grosso e Vereador Geraldo Garlet, os dois pontos mais críticos no que diz respeito à drenagem. Ambas as ruas são atravessadas pela sanga Mandorin. “Ontem mesmo estava alagado aqui. Tive que puxar a água para fora com rodo”, relatou um dos entrevistados, que preferiu manter o anonimato, por receio de ter problemas com o Poder Público, ao se referir a chuva de terça-feira, dia 16.
“A rua fica alagada. Talvez a tubulação seja antiga, de diâmetro pequeno, então não dê conta da vazão total da água, que fica empoçada”, informou outro comerciante, que também preferiu não se identificar, com receio de ter problemas com os seus clientes.
Estes relatos não são isolados, sendo compartilhados por vários de comerciantes e moradores, cujas vidas e meios de subsistência são afetados de maneira recorrente pela sobrecarga do sistema de drenagem pluvial. Vale pontuar que o problema não é de hoje.
Em busca de mais informações e possíveis soluções para o problema, o Sentinela esteve na prefeitura municipal, conversando com o engenheiro Marcos Antônio de Cesar. Marcos explica que o acúmulo de água em certos locais é influenciado pelo relevo.
“Naturalmente a água se acumularia em alguns lugares e são esses lugares que exigem um sistema de drenagem. A água escoa até o rio, onde há uma galeria que tira a água dali. A cidade tem drenagem, o que acontece é que muitas vezes esse sistema de drenagem não dá conta. São em chuvas esporádicas que ocorrem coisas assim”, destaca o engenheiro.
Conforme ele, nas obras de pavimentação que estão sendo realizadas, ou que devem começar nas próximas semanas, o município prevê a execução de sistema de drenagem pluvial.
“Estamos no processo de pavimentar a Gramadinho e a Linha São Marcos. Nesses locais onde estamos abrindo a estrada justamente para passar o sistema de drenagem. Teremos um calçamento no bairro Xavantes, onde também estamos prevendo drenagem, outro exemplo recente é o loteamento das casas populares, no alto da colina, onde foi projetado e executado sistema de drenagem”, afirma.
Ele informa que os problemas mais recorrentes, no que diz respeito a alagamentos, estão no Centro. Ainda segundo ele, não é um problema fácil de resolver. “Geralmente esses problemas ocorrem em locais já consolidados e é delicado intervir. Para resolver, tem que passar primeiro pelo prefeito e pela Câmara de Vereadores, são eles que vão analisar se há recursos e condições para executar melhorias, aí vai ser feito o projeto e a execução pela prefeitura ou por uma empresa terceirizada”.
Muitas vezes é necessário abrir as laterais da rua, fazer ou refazer o sistema de drenagem e isso gera transtornos para o trânsito, sujeira e danifica a pavimentação existente. Marcos cita como exemplo a rua Vereador Geraldo Garlet, que deve receber recape asfáltico nas próximas semanas. “A Casan passou as tubulações de água na rua, o pessoal sabe do transtorno que tivemos ali, para fazer drenagem é um transtorno maior ainda”, informa.
Para os anchietenses, a necessidade de investir e melhorar a drenagem pluvial, principalmente no centro do município, é clara e cabe ao poder público encontrar a solução mais adequada para resolver o problema e garantir a segurança e o bem-estar da população.


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