26/08/2024 às 09h00min - Atualizada em 26/08/2024 às 09h00min
Vida na roça: A rotina de Arlete Alves de Oliveira
Moradora da linha Pedra Lisa, Arlete compartilha os desafios e as alegrias de viver e trabalhar no campo ao lado de sua família
Jéssica Rebelatto
Flor da Serra Do Sul
Arlete com 64 anos em sua área rural na linha Pedra Lisa, interior do município de Flor da Serra do Sul. ASO/Ruthe Kezia Com 64 anos, Arlete Alves de Oliveira, natural de Pérola do Oeste, se estabeleceu em Flor da Serra do Sul há 30 anos. Moradora da Linha Pedra Lisa, ela compartilhou um pouco de sua rotina e dos desafios e prazeres de viver na roça.
Arlete vive com seu marido e um dos filhos, dedicando-se ao plantio de grãos e a produção de leite. “Planto um pouco de tudo, feijão, milho, coisas miúdas para o consumo próprio”, conta. A família produz, mensalmente, cerca de mil litros de leite, vendidos a um laticínio em Barracão.
“O preço do leite varia, atualmente está em R$ 2,50 o litro. Quando o preço baixa, continuamos vendendo, mesmo que sobre pouco”, explica.
A rotina começa cedo.
“Acordamos de manhã, fazemos fogo na cozinha, tomamos chimarrão e depois lidamos com as vacas e a lavoura. É corrido, trabalho para o dia inteiro”, diz Arlete. Eles também produzem silagem e compram ração, o que ajuda a manter os custos sob controle.
Apesar dos desafios, Arlete aprecia a vida no campo.
“Gosto de tudo o que faço, especialmente de mexer com os bichos e plantar. Tudo que produzimos aqui ajuda financeiramente, pois não precisamos comprar”, afirma. A chuva, embora necessária, pode atrapalhar.
“Quando chove muito, temos que cuidar para não perder a plantação. Recolhemos o feijão antes da chuva e o milho, se não está quebrado, aguenta bem”, relata.
Com dez filhos, três moram em Flor da Serra e outros em São Bento do Sul.
“A maioria dos meus filhos foi para a cidade, mas um ainda trabalha conosco na roça”, conta Arlete. Mesmo após 30 anos, a vida na roça continua a mesma, e a família segue firme na lida diária.
Alerte conclui com um sorriso:
“Não tem o que fazer, é nosso ritmo. Já nos acostumamos e seguimos em frente”.