18/10/2024 às 15h00min - Atualizada em 18/10/2024 às 15h00min

Melhorando a produção de grãos e diminuindo os gastos

Com o objetivo de melhorar a produção de grãos e diminuir os gastos na lavoura, o IDR-Paraná em parceria com a Secretaria de Agricultura de FSSul desenvolve o programa MIP

Ruthe Kezia
Flor da Serra do Sul
A Secretaria realiza o monitoramento em duas propriedades, nas visitas eles colocam em prática as técnicas do MIP para identificar o nível das pragas.
Com o objetivo de melhorar a produção de grãos e diminuir os gastos na lavoura, o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR) do Paraná em parceria com a Secretaria de Agricultura de Flor da Serra do Sul e o Senar-PR, começou a desenvolver o programa MIP [Manejo Integrado de Pragas]. Realizado há cinco anos no município, o programa tem como finalidade realizar o monitoramento das lavouras de soja e milho, para que assim possam ser identificadas as pragas e os inimigos naturais.
Lucas Lopes de Souza, técnico em agropecuária do IDR-Paraná, explica que nem todos os insetos encontrados no meio da lavoura são pragas. Com essa técnica o IDR-Paraná consegue dar uma boa recomendação para o produtor na hora de aplicar o inseticida, ele relata que a maioria dos produtores utilizam a aplicação do inseticida canalizada: “Ou seja, em um determinado período da lavoura plantada o agricultor entra com o inseticida, depois entra com um fungicida, sem saber se existe ou não praga ou doença instalada na lavoura”.
Tal técnica consiste em realizar amostragens na lavoura com o pano de batida e anotação na caderneta de campo dos insetos encontrados. Com isso, o técnico e o produtor conseguem identificar quais insetos estão presentes na lavoura, reconhecendo se é preciso ou não entrar com inseticida na cultura.
Lucas conta que com o monitoramento MIP, eles conseguem ser mais assertivos com o produtor. “Com esse trabalho conseguimos reduzir pela metade a aplicação de inseticida dos assistidos por nós, comparando com aqueles que não são assistidos”, declara Lucas.
Ele conta que em cada ano, entre 12 a 16 produtores participam do curso, aproximadamente 60 produtores sulflorenses já participaram. Neste ano Lucas conta que não fechou turma, porém mesmo assim segue fazendo o monitoramento em duas propriedades que são chamadas de unidades de referência. Nas visitas eles colocam em prática as técnicas para identificar o nível das pragas para serem assertivos na aplicação de inseticida. Além de realizar o monitoramento das doenças, principalmente a ferrugem asiática, através dos coletores de esporos e da análise visual das plantas.
Através do MIP os agricultores têm reduzido a quantidade das aplicações e são mais assertivos no alvo que querem atingir, além de diminuir os gastos e os riscos ambientais: “Quanto menos contato o agricultor tiver com agroquímicos é melhor para a saúde dele, então devemos aplicar no momento certo para não ter margem de desperdícios”, relata Lucas.
Ele também relata que conforme a mudança do tempo altera a quantidade de aplicação dos fungicidas. Em anos quentes e úmidos as aplicações de fungicidas são maiores, pois as doenças e pragas conseguem se instalar mais facilmente. Em anos chuvosos as doenças tendem a atacar mais cedo.
Lucas conta que pretende abrir uma nova turma em 2025 e relata que o produtor que deseja fazer parte, deve ir até a Secretaria de Agricultura ou entrar em contato direto com o IDR-Paraná: “O produtor que deseja aderir o MIP na sua propriedade com certeza não vai se arrepender”, finaliza o técnico em agropecuária.




 
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