Com a obrigatoriedade da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) para produtores rurais, agricultores analisam os impactos da medida na rotina do campo e na comercialização de seus produtos. Para muitos, a digitalização dos processos representa um avanço, tornando-os mais ágeis e organizados.
A produtora rural Julia Carpeggiani Balestrin, moradora de Anchieta, afirmou estar ciente da exigência e destacou que a mudança não afetará significativamente seu dia a dia, apenas tornará o processo mais rápido. “Trará benefícios, pois é mais prático e organizado”, avaliou.
Sobre a adaptação ao novo sistema, Julia se sente preparada e reconhece o suporte oferecido pelo governo e entidades rurais. “A Secretaria de Agricultura nos deu orientação sobre como utilizar a plataforma, tornando tudo mais fácil e prático”, afirmou.
Entretanto, a conectividade é um desafio. “Na minha região, o acesso à internet é um problema, mas, felizmente na minha propriedade, não”, disse. O custo de adaptação também preocupa. “É alto até conseguirmos adquirir todos os equipamentos necessários”, apontou.
Ainda assim, a digitalização é vista como um avanço para a organização fiscal e controle de produção. “Ajuda a reduzir o acúmulo de papel na propriedade, pois tudo fica armazenado digitalmente”, explicou.
Em relação ao impacto para pequenos e grandes produtores, a maior diferença está na aquisição dos equipamentos para a emissão da NF-e. Para facilitar essa transição, Julia sugere investimentos públicos em infraestrutura digital. “Uma internet de boa qualidade seria a melhor forma de apoio ao governo”, conclui.