Consumir bebida alcoólica aumenta o risco do câncer

O consumo de qualquer tipo de bebida alcoólica, principalmente destilados, aumenta o risco de pelo menos sete tipos de câncer: mama, colorretal, fígado, boca, garganta, esôfago e laringe

Ruthe Kezia - Flor Da Serra do Sul
26/02/2025 15h00 - Atualizado há 1 semana

Estudos mostram que o consumo de álcool aumenta o risco de pelo menos sete tipos de câncer: mama, colorretal, fígado, boca, garganta, esôfago e laringe. No caso de câncer de mama, 16,4% de todos os casos estão associados.

A enfermeira de Flor da Serra do Sul, Diana Silvestro, comenta que qualquer tipo de bebida ingerida em excesso pode influenciar no desenvolvimento do câncer, porém as bebidas destiladas são consideradas as piores.

De acordo com a enfermeira, isso ocorre porque após o álcool ser ingerido, ele se transforma em um derivado tóxico da decomposição do etanol, onde é metabolizado pelo fígado e outros órgãos causando diversas outras doenças. Além disso, a combinação do álcool com o tabaco, podem aumentar em até 20 vezes o risco de desenvolvimento do câncer.

Diana comenta que as principais dificuldades estão em alertar principalmente os jovens: “Estudos demonstram que o hábito do álcool ainda na adolescência pode interferir no desenvolvimento do câncer ao longo da vida. Pois o vício já é considerado uma doença, onde a pessoa não consegue ficar sem álcool, sentindo ansiedade, abstinência, irritação, entre outros”, informa Diana.

A enfermeira relata não existir uma campanha específica e que a Saúde de Flor da Serra do Sul oferece ajuda por meio do grupo Alcoólicos Anônimos (AA). “O consumo socialmente de vez em quando, não representa grandes perigos, porém o uso excessivo e contínuo, sim”, declara a enfermeira Diana.

Recentemente entrou em pauta que as bebidas alcoólicas deveriam incluir advertências e risco similares aos rótulos de cigarros. Atualmente os países como: Coreia do Sul e a Irlanda possuem rótulos de alertas nas bebidas alcoólicas. Muitos países também revisaram os limites recomendados de consumo após novos estudos apontarem que nenhuma quantidade de álcool é segura para beber.

No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) alterou a regra para a rotulagem nutricional de alimentos em 2020. Desde então, todo fabricante que vende produtos com alto teor de açúcar adicionado, sódio e gorduras saturadas tem de fornecer essa informação na frente da embalagem, na forma de uma lupa. Na parte de trás da embalagem, é obrigatória a declaração de açúcares totais ou adicionados.

Isso vale para todos os alimentos e bebidas, com exceção das alcoólicas, que têm a tabela nutricional voluntária e estão liberados para declarar apenas o valor energético total do produto.

Questionada sobre sua opinião quanto aos rótulos, Diana responde: “Acho que seria uma ótima ideia. Mas precisamos de mais conscientização entre os jovens, alertando os riscos do álcool, para no futuro não sofrerem com os vícios”, conclui Diana.

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