Chuvas aliviam seca em Anchieta, mas prejuízos na agricultura ainda preocupam

Após semanas de estiagem severa, chuvas aliviam crise hídrica em Anchieta, mas impactos na produção ainda são sentidos

Arthur Nunes / Ruthe Kezia - Anchieta
17/04/2025 11h00 - Atualizado há 2 dias
Chuvas aliviam seca em Anchieta, mas prejuízos na agricultura ainda preocupam
Durante a estiagem, caminhões-pipa precisaram abastecer propriedades rurais em Anchieta para garantir o fornecimento de água às famílias e aos animais. (Foto: Divulgação)

Após enfrentar uma das piores estiagens dos últimos anos, Anchieta começa a se recuperar graças às chuvas das últimas semanas, que somaram cerca de 170 milímetros. O volume foi suficiente para interromper a busca emergencial por água, que chegou a mobilizar três caminhões-pipa no auge da seca.

“Graças a Deus, essa chuva veio e nos ajudou bastante. Já não estamos mais tendo a procura de água”, explicou Leandro Pandolfo, secretário municipal da Agricultura.

Apesar do alívio momentâneo, os prejuízos causados pela estiagem ainda são profundos. Segundo Pandolfo, a primeira safra de soja teve perda de 30%, o milho para silagem registrou queda de 40%, e a produção de leite também foi bastante afetada. “As perdas foram grandes e ainda sentimos os reflexos na produção”, afirmou.

A Prefeitura optou por manter o decreto de emergência, o que permite aos agricultores o acesso a linhas de crédito e apoio emergencial. Em parceria com a EPAGRI, o município está incentivando a construção de cisternas como forma de prevenção a novas estiagens. Os programas disponíveis oferecem até 50% de subsídio para construção de reservatórios e horas de máquina para execução das obras.

A estimativa é de que pelo menos 20 famílias já tenham aderido à instalação de cisternas. “Hoje a gente indica aos agricultores que busquem fazer uma cisterna na propriedade. É uma forma de garantir água por pelo menos 30 ou 40 dias em períodos de seca”, destacou o secretário.

Embora as chuvas recentes tenham reduzido a preocupação, a previsão da Defesa Civil ainda aponta meses de abril e maio com tendência de tempo seco. A Secretaria da Agricultura afirma estar em estado de alerta e preparada para atuar novamente, caso o cenário se repita.

 

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