Campo Erê intensifica ações de prevenção à dengue e Chikungunya

Embora o município de Campo Erê não registre casos de dengue neste ano, a preocupação agora se volta à Chikungunya, com 12 casos confirmados e outros em investigação

Arthur Nunes/Ruthe Kezia - Campo Erê
22/04/2025 14h00 - Atualizado há 4 dias
Campo Erê intensifica ações de prevenção à dengue e Chikungunya
Agentes da saúde fazem a limpeza e passam veneno para combater o mosquito (Foto: Divulgação)

Embora não tenha registrado nenhum caso confirmado de dengue neste ano, o município de Campo Erê está em alerta com o avanço da Chikungunya. De acordo com a enfermeira de vigilância e saúde, Samara Ronchi, já são 12 casos positivos da doença no município, além de outros em investigação.

A enfermeira destacou que, embora o município de Campo Erê não registre casos de dengue neste ano, a preocupação agora se volta à Chikungunya, com 12 casos confirmados e outros em investigação. Diante disso, a equipe de vigilância está atuando com bloqueios vetoriais — que consistem na eliminação de focos, aplicação de inseticidas e larvicidas nos arredores das residências dos casos positivos ou suspeitos. Isso é essencial porque, mesmo que a doença tenha vindo de fora, o mosquito Aedes aegypti presente no município pode picar uma pessoa infectada e iniciar a transmissão local. O objetivo, portanto, é impedir que o vírus se espalhe e evitar uma situação de epidemia.

Segundo Samara, a cidade se encontra em estado de surto, mas ainda não atingiu os critérios técnicos para ser classificada como uma epidemia. “Quando há uma disseminação sustentada de casos em uma mesma região, com vários registros concentrados, aí sim se configura uma epidemia. Ainda conseguimos controlar”, afirmou.

Mesmo com o foco atual na Chikungunya, a prevenção à dengue continua sendo uma prioridade, já que ambas as doenças são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti e compartilham sintomas semelhantes, como febre, dores no corpo e dor de cabeça. A diferença, segundo Samara, está no risco de sintomas crônicos na Chikungunya, como dores articulares persistentes.

Para evitar a propagação das doenças, a Vigilância Ambiental está realizando aplicações de inseticida e larvicida, bloqueios de transmissão nas áreas afetadas e orientações porta a porta à população. O Estado também liberou o uso de máquinas costais para ampliar o alcance da pulverização.

A enfermeira destacou a importância do papel da população nesse momento. “Sozinhos, não conseguimos conter o avanço. Precisamos da colaboração de todos para eliminar criadouros do mosquito, principalmente locais com água parada”, disse.

Ela reforçou ainda a importância da hidratação nos primeiros sintomas. “Se sentir febre, dor no corpo ou nas articulações, comece imediatamente a ingerir grandes volumes de água e procure uma unidade de saúde. A hidratação é essencial para a recuperação”, alertou.

No ano passado, Campo Erê enfrentou uma epidemia de dengue com mais de 200 casos registrados até esta mesma época do ano. Desta vez, a atuação mais ágil das equipes de saúde tem conseguido segurar o avanço dos casos.

“Aprendemos com a experiência do ano passado e conseguimos identificar os primeiros casos com mais rapidez. Agora é continuar vigilante para evitar que a situação saia do controle novamente”, finalizou Samara.

 

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