Joice Dalle Laste explica organograma da secretaria de Educação

Além de explicar o organograma, a secretária fala sobre repasses financeiros mensais às escolas, orientação contra a realização de rifas e o incentivo ao voluntariado

Igor Vissotto - Palma Sola
16/05/2025 10h00 - Atualizado há 10 horas
Joice Dalle Laste explica organograma da secretaria de Educação
Joice Maria Dalle Laste atuou como professora de matemática por 25 anos e atualmente é a secretária de educação de Palma Sola. (Foto: Igor Vissotto)

O jornal Sentinela conversou com a secretária de educação do município de Palma Sola, Joice Maria Dalle Laste. Na entrevista, ela explica quem são e o que fazem cada um de seus subordinados diretos e como essa equipe trabalhará para manter e melhorar os índices educacionais da rede municipal de ensino.

Joice é formada em Ciências, com habilitação em Matemática, e atuou como professora titular no Colégio Estadual Claudino Crestani por 25 anos. Em Palma Sola, por onde anda, é carinhosamente chamada de: Professora Joice.

Disputou a vaga de vereador por duas vezes, ficando suplente, mas assumindo em dois mandatos: Em 2020 ocupou a cadeira do vereador Lauri Ludwig e de maio de 2021 a junho de 2024 o lugar do vereador Claudinei Schein. No exercício da vereança, sempre defendeu a classe docente, condições dignas de trabalho e a equidade no funcionalismo público. Atualmente é presidente do Lions Clube de Palma Sola, entidade que ajudou a fundar, e, no exercício do voluntariado, incentiva outras pessoas a se dedicarem a causas coletivas. Além do Lions Joice atua como ministra na Igreja Católica, além de participar na APP do colégio estadual e conselhos pastorais.

Em 2024, aos 58 anos, recebeu o convite para ser secretária de Educação de Palma Sola. Aceitou o desafio, formou sua equipe e agora enfrenta novos obstáculos. “Os desafios são muitos, mas o maior deles é o ‘novo’. Nunca trabalhei no município e nunca lidei com toda essa parte burocrática” explicou Joice, acrescentando que é complexo equilibrar as expectativas da população que – muitas vezes – esbarram naquilo que a lei e o orçamento permitem.

 

Estamos no quinto mês da gestão Marcio e Nice. Explique aos leitores do Sentinela quem compõe a equipe da Secretaria de Educação, suas funções e como garantirão melhores índices educacionais na rede municipal.

Aqui comigo, diretamente são seis pessoas: a assistente de serviços gerais, Lelisa Ribeiro de Primo; o diretor de esportes, Ivonei Nodari; a auxiliar de coordenação, Ivana Marques; a assistente de educação, Fernanda Danelli; a coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental, Simone Zanatta; e a coordenadora pedagógica da Educação Infantil, Marieli Lawisch.

A Lelisa é responsável pela limpeza, organização e o ambiente acolhedor. O Ivonei, conhecido como Manabu, cuida de toda a área esportiva: campeonatos, súmulas, troféus, medalhas e congressos técnicos. Ele só me consulta para decisões maiores. A Ivana Marques está aqui na secretaria há mais tempo, vem da gestão anterior, ela é responsável pelo RH e pelas compras. A Fernanda Danelli é responsável por alimentar o sistema, auxiliar os professores no preenchimento dos diários de turma e gerenciar o transporte dos alunos e o Censo Escolar [principal base de dados do Governo].

Na outra sala temos a Simone Zanatta e a Marieli Lawisch que são as coordenadoras pedagógicas – do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, respectivamente. Elas orientam os professores, ajudam no planejamento e dão suporte tanto na parte burocrática (como o lançamento no sistema da IPM) quanto na didática, quando há dificuldades em transmitir determinado conteúdo.

 

Essas duas funções existiam em gestões anteriores?

Sim, embora, sempre existiu uma certa resistência dos professores aceitarem um coordenador pedagógico. Oriento minhas coordenadoras a agirem como rede de apoio, não como figuraras autoritárias: mandando, impondo ou xingando.

 

O que a Secretaria faz para que os professores percebam esse apoio?

As coordenadoras visitam as escolas com frequência, conversam com os professores, verificam planos de aula e cadernos dos alunos e oferecem orientações quando necessário — especialmente aos docentes novatos.

 

Sentinela: Além dessas seis pessoas, quantos profissionais compõem a equipe educacional de Palma Sola?

Pouco mais de 200 pessoas, entre diretores, professores, monitores, merendeiras, serviços gerais e motoristas. Atendemos cerca de 1.000 crianças de 0 a 11 anos.

 

Esse número representa quase metade do funcionalismo público municipal...

Exato. Meu cargo e alguns outros são de confiança, ou seja, podemos ser substituídos se não cumprirmos nossas funções. Minha equipe está se dedicando ao máximo, especialmente na coordenação pedagógica, que era uma demanda urgente.

 

Sentinela: Secretária Joice, você se aposentou como professora na rede estadual de Santa Catarina. Sabe o que funciona e o que não funciona em sala de aula, então te pergunto: a senhora não acha o quadro de funcionários inchado?

Precisamos contextualizar as mudanças na educação. No passado o professor ia até a escola e dava aula, passava o conteúdo que estava no livro. Hoje para dar conta deste conteúdo em sala de aula, há mil programas sem falar na burocracia, que é enorme. Hoje o professor de determinada disciplina, exemplo a matemática que é a minha área, tem que encontrar uma maneira de falar de inclusão, de trazer a cultura afro, trazer para dentro do conteúdo o programa que fala de trânsito, e tantos outros. Isto sem falar dos programas de governo, que nós temos que aderir, acompanhar, preencher para manter recursos: tem o PNAE, PNATE, PDDE, PNLD e é tanto P que eu já nem lembro quantos são [brinca]. E ainda tem mais programas como: Habilita, Simec, Novo PAR, Caminho da Escola, e tantas outras coisas relacionadas com o Fundeb, Salário Educação e o ICMS Educação, que são as principais fontes de recurso da rede de ensino de Palma Sola.

Sozinha, não daria conta. Sou grata à equipe por lidar com essa burocracia.

 

No fim, isso está melhorando a educação no Brasil?

[Pauza] Tenho medo dessa resposta. Às vezes me pergunto: ‘Quando o professor vai ensinar o conteúdo que ele tem que ensinar? Não estou dizendo que não é importante falar de inclusão, de afro, de trânsito... tudo o que abordamos é importante, mas como conciliar? Cada vez é mais coisa, mas onde fica o tempo para trabalharmos o conteúdo específico que o aluno precisa aprender? Lembro de quando dava conteúdo de estatística e da necessidade de colocar junto vários outros assuntos. Mas no final das contas não somos nós que criamos essas regras, mas estamos aqui para fazer o nosso melhor nas condições que temos.

 

Para finalizar, onde a professora Joice quer chegar como secretária municipal de educação de Palma Sola?

Sem maquiar nada, e como uma professora que dava conteúdo sobre estatística, quero garantir que tenhamos uma amostragem real do nosso município. Faremos de tudo para pelo menos manter os nossos índices de educação, que é 7.1 no IDEB. E vamos nos esforçar ao máximo para gradativamente aumentar este número.

 

 

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