Ataque brutal em boate volta à tona com julgamento de acusados em Campo Erê

Seis anos após a violenta agressão em uma boate da Linha Agroísa, dois homens enfrentam julgamento por tentativa de homicídio; vítimas sofreram traumas severos e sequelas permanentes.

Divulgação / Rede Peperi - Campo Erê
18/06/2025 08h48 - Atualizado há 12 horas
Ataque brutal em boate volta à tona com julgamento de acusados em Campo Erê
Fórum de Campo Erê sedia nesta terça-feira, 17, o julgamento de dois acusados por tentativa de homicídio em uma boate rural; crime ocorreu em 2017 e deixou vítimas com graves sequelas. (Foto: Divulgação / Rede Peperi)

Nesta terça-feira, 17 de junho, o Fórum da Comarca de Campo Erê foi palco do julgamento de dois homens acusados de dupla tentativa de homicídio, num caso que chocou a comunidade local. O episódio, ocorrido na madrugada de 14 de janeiro de 2017, teve como cenário uma boate na Linha Agroísa, interior do município, às margens da rodovia SC-305.

Os réus julgados foram Ronaldo da Rocha e Edson de Jesus dos Santos. Uma terceira pessoa envolvida no processo, Marcelo Padilha de Souza, faleceu em 2019, vítima de um acidente de trabalho. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina, os acusados agrediram Valdir Nuncio e Pedro da Silva com garrafadas, socos e chutes até deixá-los inconscientes.

Testemunhas relataram que cerca de oito pessoas participaram da confusão. As vítimas, que não conheciam os agressores, estavam no local apenas para socializar e não tinham relação com a desavença que motivou o ataque. De acordo com a acusação, a violência foi motivada por vingança, em decorrência de um conflito anterior entre conhecidos dos envolvidos.

Valdir sofreu lesões graves, incluindo múltiplas fraturas faciais, perda parcial da visão e comprometimento de memória. Ele ficou em coma por quatro dias e só conseguiu voltar ao trabalho como caminhoneiro um ano depois. Pedro também sofreu traumatismo craniano e perdeu a consciência, mas não se lembra do ataque.

O julgamento, presidido pela juíza Vitória do Prado Bernardinis, contou com um conselho de sentença formado por quatro mulheres e três homens. A promotora Susane Ramos atuou na acusação. Na defesa, representando Ronaldo da Rocha, estiveram os advogados Gaspar Fidelis de Almeida e Cleberson Porsch. Edson de Jesus foi defendido por Adilson Raimundi e Heron.

Ao fim da sessão, Edson foi absolvido de todas as acusações. Já Ronaldo da Rocha foi condenado por tentativa de homicídio contra Valdir Nuncio, recebendo pena de 5 anos, 5 meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Ele já cumpria pena por outro crime semelhante no estado do Paraná.

O julgamento também contou com o apoio de servidores do Judiciário, policiais penais e militares de Campo Erê e de Florianópolis, garantindo a segurança e a condução dos trabalhos ao longo do dia.

 

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