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Tecnologia transforma ensino no CEMEG Girassol

Espaço conta com equipamentos modernos, como impressora 3D e kits de robótica, e é conduzido por professora e bolsistas em parceria com a UFFS e o CNPq

Ruthe Kezia - São José do Cedro
08/07/2025 14h50 - Atualizado há 13 horas
Tecnologia transforma ensino no CEMEG Girassol
Sala Maker do CEMEG Girassol reúne bolsistas do 6º ao 9º ano em atividades práticas com foco em tecnologia, raciocínio lógico e cultura digital (Foto: Divulgação)

O CEMEG Girassol, em São José do Cedro, inaugurou uma nova e moderna sala de informática voltada ao desenvolvimento tecnológico e à cultura maker. O espaço foi montado em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), com apoio direto da prefeitura, que forneceu a mobília e cerca de 25 notebooks para a estrutura inicial.

Além dos computadores, a sala já recebeu uma série de equipamentos de ponta enviados pela UFFS, como impressora 3D, cortadora a laser CNC, scanner 3D, kits de robótica com placas microbit, estações multimídia, sensores de cor compatíveis com Lego Spike, kits de limpeza e ferramentas de precisão. Outros materiais ainda devem ser entregues ao longo do ano, fortalecendo ainda mais o laboratório.

A proposta pedagógica do espaço segue diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e está organizada em quatro temáticas principais: pensamento computacional, robótica e automação, ciências ambientais e sustentabilidade, e artes digitais. A professora Eliane Menin, que coordena o laboratório, explica que o objetivo é preparar os alunos para os desafios do século XXI, com foco no raciocínio lógico, resolução de problemas, trabalho em equipe e autonomia.

Bolsistas atuam como protagonistas no laboratório

O laboratório também conta com o apoio de dez bolsistas, estudantes do 6º ao 9º ano, que foram selecionados por meio de edital com base no desempenho escolar e critérios de inclusão. Eles recebem bolsas de R$ 200 por mês, fornecidas pelo CNPq, e atuam diretamente nas atividades do laboratório, além de passarem por uma formação específica com a professora Eliane.

Sofia Jerônimo, Amanda Lavall e Catarina Kupske, alunas do 9º ano, relatam que o projeto já trouxe mudanças significativas em suas rotinas escolares e visões de futuro. “Antes da sala maker, a gente tinha que buscar tudo nos livros. Agora, a tecnologia está ao nosso alcance. A gente pensa e consegue aplicar. Isso mudou completamente a forma como eu vejo a escola”, afirma Sofia, que também destacou o sentimento de representar algo novo dentro do colégio. “Cada dia aqui é uma novidade. A gente está construindo conhecimento real, algo que vai ficar no nosso currículo e na nossa vida.”

Amanda lembra da dificuldade inicial com atividades desplugadas, como a programação no papel: “A gente ficou horas tentando resolver um problema e a professora não dava a resposta. No começo, bate uma frustração. Mas quando a gente finalmente acerta, é uma alegria enorme. O aprendizado fica de verdade. Hoje eu entendo que conhecimento é algo que ninguém pode tirar da gente.”

Já Catarina, que sonha em cursar Arquitetura e Urbanismo e se especializar em 3D, vê no laboratório um passo importante para o futuro: “Essas máquinas e esse contato com a parte técnica vão me dar uma base sólida. Quando a gente souber usar tudo isso, vai ser um diferencial no mercado. É uma oportunidade que muitos alunos nunca têm.”

As atividades práticas também têm impacto. Um exemplo foi a confecção de bolos de caneca para os professores, que envolveu desde cálculos de tempo e proporções até trabalho colaborativo. “A gente chegou aqui e estava tudo um caos: canecas, ingredientes, ninguém sabia direito o que fazer. Mas nos organizamos, dividimos tarefas, e no final tudo deu certo”, contou Catarina. “Mesmo sendo uma bagunça, foi divertido e a gente aprendeu a trabalhar em grupo, que era o objetivo.”

Para a professora Eliane Menin, os resultados já são visíveis: “Eles estão aprendendo a pensar, a planejar, a errar e refazer. Estão deixando de ser consumidores passivos de tecnologia para se tornarem criadores. Isso é protagonismo.”

 

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