O CEM Maria Nelly Trapp Catusso, de Campo Erê, está desenvolvendo o projeto “Mala Encantada – Histórias que Voam”, uma iniciativa que busca incentivar o gosto pela leitura e aproximar ainda mais crianças e famílias por meio da contação de histórias. A proposta é criar momentos de imaginação e interação fora da sala de aula, transformando livros em pontes de afeto e aprendizado.
A dinâmica funciona de forma simples: todas as sextas-feiras, as famílias poderão retirar livros na escola para levar para casa. Na semana seguinte, os exemplares são devolvidos e trocados por novas obras, garantindo que as crianças, do berçário ao quinto ano, tenham sempre contato com diferentes histórias. Além disso, uma vez por mês serão realizados encontros especiais, com sessões de contação de histórias e atividades voltadas para fortalecer vínculos familiares e memórias afetivas.
Para a professora Rakel Kosteski, idealizadora ao lado da professora Rute Piccoli Parizotto, a leitura é um instrumento poderoso de transformação. “Vivemos em um mundo cada vez mais digital, mas precisamos mostrar às crianças o valor dos livros. É através da leitura que se constrói conhecimento, que se sonha e se cresce de forma saudável”, afirma.
O projeto também prevê a participação da comunidade, trazendo convidados para palestras e falas inspiradoras em encontros extraclasse. Psicólogos, educadores e outros profissionais serão chamados para dialogar com as famílias, incentivando reflexões sobre educação, convivência e hábitos de leitura. “Queremos que a escola seja um espaço de troca, onde os livros circulem, mas também onde as experiências de vida inspirem e unam as pessoas”, acrescenta Rakel.
O “Mala Encantada – Histórias que Voam” já mobiliza apoiadores dentro e fora do município. Doações de livros e recursos financeiros ajudaram a compor o acervo inicial, e novas contribuições continuam chegando. “Recebemos apoio de pais, munícipes, professores e até mesmo de pessoas de Curitiba e Balneário Camboriú. Esse movimento mostra que, quando a causa é justa, muitos querem colaborar”, comenta a professora.
Quem quiser ajudar pode participar de várias formas: doando livros, contribuindo financeiramente, apoiando campanhas ou até mesmo oferecendo trabalho voluntário. “Cada livro doado pode alcançar várias crianças e transformar trajetórias. Sozinho ninguém faz nada, mas juntos podemos mudar realidades”, reforça Raquel.
Mais do que um incentivo à leitura, o projeto simboliza um chamado à união entre escola, família e comunidade. O brilho nos olhos de uma criança ao abrir um livro pela primeira vez é o que guia a iniciativa: criar um futuro em que ler e contar histórias seja um hábito natural, capaz de gerar inclusão, aprendizado e transformação social.