A Semana Farroupilha de Palma Sola reuniu a comunidade no CTG Estância da Fronteira em uma celebração da cultura gaúcha. O evento começou na quarta-feira, com a abertura oficial marcada pelo acendimento da Chama Crioula, símbolo maior do tradicionalismo, acompanhado de jantar típico com vaca atolada e apresentações das invernadas artísticas mirim e pré-mirim.
O patrão do CTG, Ismael Jabornik, destacou a importância do fogo simbólico para a preservação da tradição. “Enquanto essa chama estiver acesa, a cultura gaúcha será levada aos quatro cantos do Brasil. Nosso compromisso é não deixar a tradição se apagar”, afirmou.
Na sexta-feira, o CTG promoveu um encontro fechado, voltado especialmente aos piquetes de laçadores e colaboradores do CTG. O momento foi dedicado ao fortalecimento interno do grupo, valorizando aqueles que mantêm o CTG ativo e ajudam a preservar costumes que atravessam gerações.
O domingo marcou o encerramento das atividades, com a tradicional costela na brasa, acompanhada de pratos típicos. Durante a tarde, as famílias prestigiaram apresentações artísticas, música, dança e uma animada matinê. Estima-se que mais de 700 pessoas passaram pelo CTG ao longo dos três dias de programação.
Um dos pontos altos da Semana Farroupilha foi a realização da Missa Crioula, que foi realizada pela primeira vez após muito tempo dentro do CTG. O ato religioso reuniu grande público e emocionou os presentes. A liturgia, acompanhada por cantos típicos, reforçou a união entre fé e tradição, mostrando que a religiosidade também faz parte do legado gaúcho.
Para Ismael, ver as crianças participando das apresentações é o maior sinal de que a tradição continua viva. “É emocionante ver a casa cheia e as crianças realizadas, mostrando para os pais o que aprendem nos ensaios. Isso nos dá a certeza de que a cultura está sendo passada de geração em geração”, destacou.
Além de fortalecer os valores culturais, a Semana Farroupilha também tem papel essencial na manutenção do CTG. Toda a renda obtida com os eventos é revertida para custear atividades, ensaios e a participação dos grupos em rodeios e competições. “Esse dinheiro é da comunidade e volta para a comunidade, para garantir que nossos filhos tenham sempre esse espaço”, explicou o patrão.
Ao encerrar os festejos, Ismael agradeceu às famílias, patronagem e voluntários pelo empenho. “Quanto mais gente vier, mais forte fica a nossa tradição. Aqui cultivamos valores como respeito, honestidade e hierarquia. Temos orgulho de continuar os preservando”, concluiu.