O Setembro Amarelo é reconhecido como uma das campanhas mais significativas de conscientização sobre saúde mental e prevenção ao suicídio. Para a futura psicóloga Raquel Rodrigues da Silva, acadêmica de Psicologia da UNOESC, a iniciativa representa uma oportunidade de ampliar a consciência coletiva e promover acolhimento. “Muitas vezes, o suicídio é visto como um tema distante ou até proibido de se comentar, mas o diálogo pode salvar vidas”, destacou.
Segundo Raquel, ainda existem muitos tabus que cercam o tema, o que dificulta a busca por ajuda. “Um dos maiores equívocos é acreditar que falar sobre suicídio pode incentivar alguém a cometer o ato. Na verdade, é justamente o contrário: o silêncio aumenta o sofrimento”, explicou. Outro mito apontado por ela é pensar que quem fala sobre o assunto “quer apenas chamar atenção”. “Na maioria das vezes, esse pedido é um sinal de que a pessoa precisa ser ouvida”, ressaltou.
Nesse sentido, os acadêmicos de Psicologia têm um papel essencial. Raquel reforça que a participação ativa dos estudantes pode acontecer em diferentes espaços, como escolas, comunidades e até mesmo nas redes sociais. “Nós podemos contribuir levando informação de qualidade, incentivando o acolhimento e reforçando os canais de apoio disponíveis. Mostrar que buscar ajuda é um ato de coragem é fundamental”, afirmou.
A formação em Psicologia na UNOESC também aparece como um ponto decisivo na preparação de futuros profissionais. Para Raquel, o curso se destaca por aliar teoria e prática, com projetos de extensão, debates e experiências que aproximam os alunos da realidade da comunidade. “A coordenação do curso é exemplar, sempre disponível e comprometida, garantindo que os acadêmicos sejam preparados para atuar com ética, sensibilidade e competência em situações delicadas, como a prevenção ao suicídio”, acrescentou.
Entre os pilares da prevenção, Raquel ressalta a importância da escuta qualificada e do acolhimento. “Quando alguém é ouvido sem julgamentos, com empatia, encontra espaço para compartilhar sua dor. Isso pode ser decisivo para reduzir o sofrimento e abrir caminhos para o cuidado profissional”, explicou.
Raquel destacou a necessidade de desmistificar a psicoterapia junto à população. Para ela, buscar acompanhamento psicológico não deve ser visto como sinal de fraqueza ou apenas em momentos de crise. “A psicoterapia serve para qualquer pessoa que deseja se conhecer melhor e cuidar da sua saúde emocional. Clínicas-escola, como a da UNOESC, ampliam esse acesso e tornam o atendimento mais próximo da comunidade”, observou.
Por fim, Raquel deixou uma mensagem especial para a comunidade de Anchieta e região: “Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. Falar sobre sentimentos, pedir ajuda e apoiar uns aos outros não é sinal de fraqueza, mas de humanidade. O suicídio pode ser prevenido quando escolhemos ouvir, acolher e oferecer apoio. E a Psicologia, por meio do trabalho acadêmico e social desenvolvido na UNOESC, tem se mostrado fundamental para essa transformação”.