O coordenador da defesa civil no município, Douglas Ribeiro, afirma que a situação se prolonga há cerca de cem dias, mas o problema maior ocorre desde o mês passado. Ele revela que há também uma centena de famílias que está precisando de ajuda da prefeitura, bombeiros e do órgão para ter água para consumir, para afazeres domésticos e demais necessidades básicas. Esta era a maior preocupação.
O coordenador afirma que havia previsão de chuvas em um volume maior nos primeiros dias de setembro, o que não se confirmou. Ele destaca que a medida visa amenizar os prejuízos com lavouras, principalmente do trigo, produção de leite e os transtornos. O fumo e outras culturas de grãos como milho e soja devem ter plantio tardio.
A queda na produção de leite até o momento é de 20%, mas a tendência é que os números de agosto e este começo de setembro mostrem um declínio ainda maior, refletindo nos lucros das propriedades. Segundo ele, para haver boa produtividade é preciso de uma alimentação de qualidade, que está extremamente prejudicada, praticamente sem pastagens de aveia ou azevém. A silagem também terminou em algumas propriedades, sendo preciso comprar ração. Além disso, a falta de água nos bebedouros reflete na média diária de produção por animal.
Houve necessidade de realizar afundamento de poços artesianos na tentativa de aumentar a vazão. Há registro de açudes que secaram e o rio que abastece o município está com volume menor. O coordenador afirma que as ações emergenciais são feitas com apoio dos bombeiros.
Ribeiro reconhece que o decreto não vai trazer medidas imediatas, mas vai ajudar em ações, entre elas, acionar o seguro agrícola. As cooperativas, sindicatos e demais entidades estão acompanhando tanto a cidade como o interior para fazer relatórios e adotar medidas que ajudem os moradores.
Fonte: Rede Peperi
