05/11/2020 às 04h15min - Atualizada em 05/11/2020 às 04h15min

Proibido fabricação, venda e uso do gramocil

Em 2017, foi emitido uma portaria dando prazo de três anos para encerrar qualquer atividade com o paraquat

Larissa Dias
Da redação com informações da Rede Peperi
Conforme o agrônomo, coordenador do setor de agricultura da Cidasc regional de São Miguel do Oeste, Fábio Trevisol, ainda em 2017, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária e o Ministério da Agricultura emitiram uma portaria dando prazo de três anos para encerrar a fabricação, venda e uso do paraquat, popular gramocil. Esse prazo venceu no dia 21 de setembro. Trevisol comenta que como havia um estoque nas propriedades, a Anvisa concedeu mais um prazo para uso do produto, o que varia em cada região.
No Oeste, Sul e Sudeste o prazo é até 31 de maio para uso do estoque nas lavouras de soja. No caso do algodão, para as regiões Norte, Nordeste, Sul, Sudeste e Centro Oeste o prazo é 28 de fevereiro. Já no cultivo do milho o gramocil pode ser usado até 31 de março. Para a cana de açúcar o prazo é 30 de abril e para a maça até 31 de outubro deste ano. O gramocil era usado para o controle de plantas daninhas como o azevem, e que já eram resistentes ao glifosato, popular secante.
O coordenador lembra que o produto em estoque que não for usado até o prazo final para cada cultura terá que ser devolvido no estabelecimento onde foi adquirido, para que o fabricante faça a devolução. “A proibição na fabricação, venda e uso se deve devido à alta periculorisade do agrotóxico, pode causar mutações e é cancerígeno. O gramocil também é faixa vermelha e oferece riscos ao meio ambiente”, comenta. Alguns novos agrotóxicos foram liberados, mas não com o mesmo princípio ativo. “A Cidasc tem orientado os agricultores sobre o uso correto dos agrotóxicos, não usar próximo a rios e nascentes e fazer o uso somente se a praga estiver apresentando risco de dano”, finaliza.
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