27/11/2020 às 13h53min - Atualizada em 27/11/2020 às 13h53min
Moda e sua catastrófica evolução
Moda é um reflexo da sociedade em que vivemos, um mecanismo que acompanha as mudanças de comportamento da sociedade
Larissa Dias
Da redação
Moda é um reflexo da sociedade em que vivemos, um mecanismo que acompanha as mudanças de comportamento da sociedade e, justamente por isso, sofre e muda quando há uma crise mundial como a que estamos vivenciando. Felizmente, a história nos conta que o setor se reinventou e saiu mais forte de todas as crises. Em 1929, aconteceu a queda da bolsa de valores e essa crise já simplificou o vestuário, principalmente o feminino. Na década de 1930, que surgiram as primeiras mulheres usando calças e as peças eram mais sóbrias, bem diferentes dos vestidos bordados e adereços diferenciados da década de 1920.
Entretanto, quando o mundo estava se recuperando dessa crise, surgiu a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. Nesse tempo todos os recursos existentes no mundo se destinavam preferencialmente para suprir as necessidades dos exércitos. Por isso, comprar tecidos era algo raro e controlado, as pessoas só podiam adquirir uma quantidade limitada de tecidos por ano e vamos lembrar que naquela época não existiam roupas prontas para compra, pois todos deveriam mandar fazer suas peças em costureiras. Com todos os homens na guerra, as mulheres tiveram que ir ao mercado de trabalho (coisa rara na época) e, por isso, o vestuário tornou se ainda mais simplificado.
Contudo, apenas dois anos depois do fim da guerra, surgiu a contratendência que representava a vontade da população. Christian Dior, um estilista francês, lançou o New Look, uma nova silhueta feminina com cintura marcada e saia volumosa, com metros e metros de tecido. Representava a volta dos homens ao lar, a volta da mulher ao seu papel de dona de casa, novas famílias sendo construídas, sentimento de prosperidade e fim do controle de recursos. Essa silhueta fez sucesso no mundo inteiro e virou símbolo da época.