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01/11/2021 às 10h12min - Atualizada em 01/11/2021 às 10h12min

Quadrilha que teve pelo menos 25 integrantes mortos em MG tem relação com assalto a banco em SC

Granadas, fuzis e coletes à prova de bala foram apreendidos durante a ação. Segundo a PRF, a quadrilha tinha armamento de guerra para derrubara aviões

G1
Divulgação
A polícia confirmou neste domingo, dia 31, que os homens mortos em uma ação contra quadrilha especializada em assalto a bancos têm relação com crimes cometidos contra instituições financeiras em Uberaba – MG, Araçatuba - SP e Criciúma - SC. Conforme a polícia, a quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil em Varginha - MG.
“Eu acredito pela assinatura, pelo planejamento deles, que possa ser a mesma quadrilha que tenha operado em Uberaba, Criciúma, e Araçatuba, pela quantidade de agentes, veículos utilizados. Um aspecto que chama atenção é que na ocorrência de Araçatuba, os veículos foram pintados de preto e o comboio era feito com os piscas alertas ligados, um dos veículos nessa ação ele já estava sendo pintado com tinta preta e foram encontrados em um sítio vários sprays de tinta preta, ou seja, muito parecido com a última ação”, disse o comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes.
Na tarde de domingo, o Bope confirmou 25 mortos no confronto. Mais tarde a Polícia Civil confirmou que 26 corpos foram transferidos para o IML em Belo Horizonte, no entanto, a polícia ainda não passou dados de quem seria essa 26ª vítima. Todos os envolvidos tinham idades entre 25 e 40 anos.
 
Confronto
A operação conjunta entre Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) resultou na morte de pelo menos 25 suspeitos de pertencerem a uma quadrilha roubos a bancos neste domingo em Varginha - MG. De acordo com a PM, os suspeitos seriam especialistas neste tipo de crime.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, os confrontos com os homens ocorreram em dois sítios diferentes localizados em duas saídas da cidade. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 criminosos morreram no local. Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e neste local, após intensa troca de tiros, sete suspeitos morreram
“Infelizmente 25 criminosos que partiram para o confronto acabaram perdendo a vida, mas eu prefiro que eles percam a vida do que alguns dos nossos policiais. A ideia era fazer a prisão dos indivíduos, porém a partir do momento que eles notaram a presença dos policiais, partiram para o confronto e aí justifica-se a importância dos grupamentos especializados”, disse Aristides Júnior, chefe da comunicação da Polícia Rodoviária Federal em Minas Gerais.
Ao todo foram apreendidos 26 armas, dois adaptadores, 5.059 munições, 116 carregadores, capacetes à prova de balas, explosivos diversos, 12 coletes balísticos, sete rádios comunicadores, 12 galões de gasolina de 18 litros cada e quatro galões de diesel de 100 litros cada. Entre as armas, havia um ponto 50, além de fuzis e granadas. Pelo menos 12 veículos roubados que estavam com a quadrilha foram recuperados.
“Eles utilizaram armamentos de guerra, que derrubam até aeronaves, muita gasolina, explosivos, ou seja, a ideia era fazer uma grande ação aqui em Varginha ou na região e que poderia ter números desastrosos, como já presenciamos em operações anteriores”, Inspetor Aristides Júnior, da PRF
“Foi uma operação conjunta PRF e PM, que resultou em uma apreensão de forte armamento, um grande número de armas de fogo, além também de explosivos, coletes balísticos que eram utilizados por esses infratores. O que temos até agora é que houve essa grande apreensão em que vários criminosos estão sendo socorridos”, explicou a capitão Layla Brunnela da Polícia Militar.
Provavelmente é a maior operação referente ao novo cangaço aqui no país, muitos infratores fariam um roubo a banco e foram surpreendidos pelo nosso serviço de inteligência integrado com a Polícia Rodoviária Federal”, completou a capitão da PM.
“Entraram em confronto com os nossos policiais militares e tiveram a resposta devida. A gente quer evitar a todo momento confronto, não vamos aqui comemorar nenhuma morte, isso não é intenção da Polícia Militar de Minas Gerais nem da Polícia Rodoviária Federal, mas sim, uma ação precisa da nossa inteligência, trabalho conjunto da inteligência da PRF. Ações como essa sempre serão pautadas pela legalidade, a gente só respondeu à altura aquele risco que nossos policiais sofreram”, disse a capitã da PM.
Ainda conforme a polícia, uma carreta que foi apreendida em Muzambinho - MG faria parte da ação, que aconteceria na noite deste domingo. O veículo tinha um fundo falso.
A operação da Polícia Rodoviária Federal recebeu o nome de “Audaces Fortuna Sequitur”. Segundo a polícia, ela recebeu esse nome por fazer referência “à sorte, que acompanha os audazes”. Segundo a polícia, a quadrilha já vinha sendo investigada há alguns meses.

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