Dia de Campo promovido pela Epagri foi um sucesso

Na última semana, a Epagri, em parceria com a Secretaria de Agricultura de Palma Sola, promoveu um Dia de Campo na propriedade do produtor Vanderlei Pies. O objetivo foi falar sobre o capim Capiaçu, desde os métodos de plantio até a produção de silagem.
O evento sobre Capiaçu foi um sucesso, reunindo mais de 40 agricultores. O Capiaçu é um capim lançado em 2016, pela Embrapa, ele é resultado do melhoramento do capim Elefante. Vários agricultores estão cultivando o Capiaçu em Palma Sola, mas muitos tinham dúvidas de como realizar o manejo correto para obter bons resultados, foi decidido então, fazer um Dia de Campo voltado exclusivamente para o Capiaçu.
“O Vanderlei Pies começou a trabalhar com esse capim entre 2019 e 2020, e é um dos pioneiros no município, foi ele que multiplicou as mudas para os demais agricultores. Justamente por ele ser um dos primeiros a trabalhar com esse capim, decidimos fazer esse Dia de Campo na propriedade dele”, explica a extensionista rural da Epagri, Vanessa Ramos.
O Dia de Campo foi dividido em três estações. Na primeira foi falado sobre a origem do Capiaçu, implantação, manejo, adubação e tratos agronômicos. Na segunda, o foco foi como utilizar o Capiaçu na dieta dos animais. Na terceira estação foi falado sobre como produzir a silagem, tamanho ideal de partícula, necessidade de utilizar inoculante. No final, os agricultores presentes assistiram a colheita da silagem. “Por ser muito volumoso e rico em água é necessário um trator grande, com mais potência para cortar o capim” acrescenta Vanessa.
Uma das vantagens de produzir o Capiaçu, é a sua resistência ao estresse hídrico e a cigarrinha. Durante a estiagem ocorrida no ano passado, enquanto várias propriedades não possuíam mais pastagens, Vanderlei estava fornecendo o capim para seus animais.
“O Capiaçu é uma pastagem perene, você só planta uma vez e ele rebrota, então não há necessidade de revolver o solo todo ano, diminuindo os riscos de erosão. No entanto, o Capiaçu precisa sim de adubação”, destaca Vanessa.
De acordo com ela, o Capiaçu é um capim muito volumoso, ele produz muito volume, mas a qualidade nutricional não é tão boa quanto uma silagem de milho, ou seja, um cereal. Os agricultores podem sim fornecer o capim ao animal, mas é necessário fazer essa correção nutricional no cocho.
“Nós enfatizamos que o Capiaçu é um volumoso, isso enche os olhos, mas é necessário saber usar esse capim na dieta dos animais, pois a qualidade dele não é tão boa. Ele não é um pasto milagroso. Você pode utilizar ele para tratar as novilhas, vaca seca, por exemplo, para baratear o custo da alimentação, e deixar a melhor comida da propriedade para a vaca de leite, que traz um retorno econômico”, explica a extensionista.
Conforme Vanessa, a troca de experiências foi muito produtiva. “Vanderlei falou sobre os erros e acertos que obteve com o Capiaçu. Isso foi muito importante. Não são todos os agricultores que estão dispostos a falar sobre seus acertos, muito menos sobre seus erros, então queremos agradecer ao Vanderlei e a sua família, por terem nos recebido tão bem”, finaliza Vanessa.
A Epagri está à disposição para prestar assistência aos produtores que estão implantando o capiaçu.


Receba as notícias do Portal Sentinela do Oeste no seu telefone celular! Faça parte do nosso grupo de WhatsApp através do link: https://chat.whatsapp.com/Bzw88xzR5FYAnE8QTacBc0
Siga nosso Instagram: https://www.instagram.com/jornalsentinela/