23/08/2023 às 11h30min - Atualizada em 23/08/2023 às 11h30min

Produção de maçãs no município de Anchieta

A família Agostini trabalha com fruticultura há sete anos, plantando uva, pêssego, ameixas e nectarinas, eles decidiram inovar plantando maçãs

Redação
Santa Catarina é o maior produtor nacional de maçãs, tradicionalmente os pomares se concentram no Meio Oeste e na Serra Catarinense, regiões de clima mais frio, que agradam a exigente cultura. A produção da fruta nos municípios da região é incomum, mas ao adquirir variedades mais rústicas, um produtor implantou um pequeno pomar no município de Anchieta. A primeira colheita trouxe resultados positivos e agora ele pretende aumentar a produção.
Na linha União da Vitória no interior de Anchieta, está o sítio Divina Uva, propriedade da família Agostini, que trabalha na fruticultura há sete anos. O forte da propriedade é a produção de uvas na plasticultura, um método de cultivo onde o parreiral é coberto, formando uma espécie de estufa. Hoje o parreiral tem cerca de 1.500 plantas. Além disso, a família cultiva e comercializa pêssego, nectarina e ameixa. O pomar conta com 80 plantas.
Há cinco anos, buscando inovar e diversificar a produção, Adriano Agostini, que é técnico em agroecologia, implantou na propriedade da família um pequeno pomar de maçãs, são 10 plantas da variedade Evas, uma variedade mais rústica que se adapta bem em regiões mais quentes. “Plantei para ver se ia dar certo, funcionou, já fizemos duas colheitas. Agora o objetivo é aumentar a produção, até o próximo ano vou implantar mais 20 mudas”, afirma.
Atualmente a produção da família é orgânica e, para controlar as pragas no pomar de maçãs, que segundo Adriano é exigente em fungicidas, ele utiliza a calda bordalesa e o Fitoneem – fungicidas permitidos na agricultura orgânica. “A variedade Evas é mais rústica, está sendo muito cultivada no vale do São Francisco, mas ainda assim é exigente em relação aos cuidados. Além dos fungicidas, faço adubação com esterco”, explica Adriano.
O sítio Divina Uva faz parte da Rota Rural Experiências na Capital das Sementes Crioulas, como o pomar ainda não produz em escala comercial, ele é um dos atrativos do sítio. “Nós fizemos a geleia de maçã, mas em geral é algo que o pessoal vem para conhecer”, ressalta Adriano.
 
Uvas, geleias e sucos
O parreiral implantado através da plasticultura é outro atrativo turístico da propriedade. Adriano planta as variedades Niágara Branca e Niágara Rosa, Bordô, Vênus Precoce e Corá. Além da venda da uva in natura, ao fazer parte da Rota Rural, a família passou a produzir sucos, geleias e vinagre de uva.
“A plasticultura é um modelo que tem alto valor de implantação, porém tem várias vantagens, a principal delas é que não precisamos fazer tratamentos fitossanitários para doenças fúngicas. O tratamento com fungicida é zero. O que eu uso é a adubação foliar com leite, que é um fungicida natural para a questão do oídio e míldio, e o melaço de cana para adubação. Na plasticultura é formado um microclima sobre a parreira, a uva fica mais bonita visualmente, é uma uva graúda, com uma colocação bonita, o sabor também fica muito bom já que não há resíduos de fungicidas e herbicidas”, explica Adriano.
Ainda sobre a adubação, ele relata que começou com os métodos convencionais – com fertilizantes e herbicidas inorgânicos – e há três anos passou a usar as técnicas do cultivo orgânico.
“Na última safra tirei cinco mil quilos de uva, pela área de terra que tenho plantada e quantidade de plantas é uma quantidade grande. Consegui agregar um valor bom nela, por causa da plasticultura e por ser orgânica”, finaliza Adriano.


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