07/11/2023 às 17h31min - Atualizada em 07/11/2023 às 17h31min
Progressistas de Palma Sola
Redação
Estou sabendo que nesta semana as lideranças do Progressistas de Palma Sola devem se reunir para definir o que farão nas eleições municipais de 2024. Em entrevista recente o vereador e presidente da Câmara, Rafael Batisti, me falou que o Progressistas (PP) tem nomes e lideranças para compor uma chapa majoritária, ou seja, nome para lançar a prefeito e vice. Todavia também me falou que cresce a possibilidade do PP apoiar outra corrente política no município de Palma Sola.
Imparcialidade jornalística e a polarização eleitoral
Nesta edição quero compartilhar um texto do jornalista com doutorado em Engenharia e Gestão do Conhecimento pelo EGC da UFSC. Carlos Castilho é professor de jornalismo online e pesquisador em comunicação comunitária que mora no Rio Grande do Sul.
O jornalismo deve ou não tomar uma posição diante da previsível polarização ideológica nas eleições presidenciais de 2024 nos Estados Unidos? A pergunta viralizou nos debates entre jornalistas, tendo como ponto de partida um artigo publicado no jornal norte-americano Philadelphia Inquirer questionando o papel da mídia num evento onde a tradicional regra da neutralidade é posta em dúvida por diversos atores políticos.
O mesmo dilema se apresenta também aqui no Brasil diante da polarização política entre bolsonaristas e lulistas que, segundo previsões de institutos de pesquisa de opinião, deve contaminar as eleições municipais do ano que vem. A crise de identidade dos chamados partidos de centro está reduzindo o espaço disponível pelos repórteres políticos para praticar a equidistância informativa e os coloca numa situação muito parecida a dos correspondentes de guerra.
A dinâmica da polarização política empurra o jornalismo na direção da lógica do engajamento, adotada pela maioria dos exércitos do planeta em relação à participação de jornalistas nas frentes de combate. Hoje, as forças armadas exigem que repórteres, fotógrafos e cinegrafistas façam parte e sigam os mesmos procedimentos adotados por soldados em áreas de confronto. Alguns exércitos exigem jornalistas usando uniformes de combate e outros, como testemunhei na antiga Rodésia (hoje Zimbabue), chegaram a exigir o uso de armamento para autodefesa do jornalista.
Para um repórter que está num front de combate, esta exigência de identificação com os soldados que ele acompanha até faz algum sentido, especialmente na cobertura de guerrilhas, onde o risco de ser confundido com o inimigo é altíssimo. O problema é que isto compromete o princípio da isenção numa cobertura jornalística e o profissional acaba colocado diante de um dilema de difícil solução. Quem foi correspondente de guerra já viveu este drama de consciência na hora de produzir uma reportagem no campo de batalha.
A lógica do engajamento surge nas coberturas de campanhas eleitorais nos mais diversos países do mundo, porque partidos e candidatos exigem de repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e influenciadores digitais a mesma postura cobrada por comandantes militares dos correspondentes de guerra em frentes de combate. Para obter notícias relevantes e acesso a fontes de informação, os repórteres acabam forçados a integrar bolhas informativas montadas por candidatos e partidos.
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