A equipe da Águia Dourada é composta por 104 atletas. Os treinos acontecem no Estádio Municipal Lauté Weber, nas quintas, sextas e sábados. ASO/Ruthe Kezia A patinação é um esporte pouco valorizado e visto na região, mas como todos os outros, a patinação é um esporte que demanda atenção, habilidade e equilíbrio dos atletas. Para quem aprecia este esporte, aparenta leveza e dá a sensação de que o atleta está voando. Mesmo que a patinação seja um esporte pouco valorizado, em São José do Cedro a patinação se destaca se destacando. Atualmente a equipe Águia Dourada é composta por 104 atletas, destes 24 integram a equipe de competição.
Os treinos são ministrados pela professora Alessandra Luísa Schneiders e pela monitora Alice Lorenzon Brixner. Os treinos ocorrem nas quintas, sextas e sábados. Alessandra explica que nas quintas, elas treinam com as atletas que participam da modalidade artística. Já nas sextas e sábados os treinos são exclusivos para as 24 atletas que participam da competição:
“Elas treinam em torno de 6h a mais, por semana”. A professora acrescenta que dentre as atletas cedrenses, uma está no Aprisco e outra em casa acolhedora:
“Para essas, nós fazemos o empréstimo dos patins e não cobramos as aulas, temos essa parte social também”.
A patinação no município iniciou em 2015 e desde então, a equipe tem se esforçado. No ano passado, a equipe participou da Copa Oeste com 10 atletas e as 10 pegaram pódio, ficando entre 1º e 5º lugar.
“Trabalhamos a evolução delas, pois não basta apenas subir no pódio. Hoje já conseguimos ver que estamos melhor que no ano passado”, destaca a professora Alessandra.
Valorização da patinação A professora Alessandra relata que pratica a patinação desde os seus 3 anos de idade e já é professora há 13 anos, ela declara sentir por não ter a patinação como um esporte olímpico:
“Tivemos recentemente as olimpíadas e como já pratico há anos, sinto por não ter a patinação nas olimpíadas. Tem muitos outros esportes que são parecidíssimos, mas a patinação ainda não está lá e torcemos para que um dia esteja”. A professora conta que iniciou os trabalhos no município em 2018 com 25 alunos e hoje com 104 alunos, busca sempre estar atualizada para que os atletas cedrenses se desenvolvam e possam estar sempre entre os melhores nas competições.
Para Alessandra, em alguns momentos a patinação é injusta, porque as atletas se esforçam e no treino dá tudo certo e chega na apresentação e nem sempre ocorre muito bem:
“Nós vamos fechar agora 200h de treino, dessas horas, elas têm 2 minutos e 10 para acertar e alcançar a nota necessária para se classificar. Já no futebol, eles treinam bastante também, mas tem mais jogos, além de terem dois tempos de 45 minutos”, conta Alessandra.
Além das habilidades e inovações técnicas, Alessandra e Alice trabalham com as atletas cedrenses a saúde mental:
“Hoje, não basta apenas você ser bom na patinação, o que difere um atleta dos demais é a sua mente. A cabeça precisa estar alinhada, porque você tem 2 minutos e 10 para fazer dar certo e isso mexe muito com os atletas”.
Depoimento Alice, além de monitora é uma das atletas que representa o município nas competições, ela começou a participar da patinação com 11 anos e hoje está com 20 anos.
Alice lembra que em 2015 pediu para os seus pais para participar da patinação e relata ter sido difícil convencê-los: “
Eles tinham muito medo de que eu caísse e me machucasse, mas os convenci e comecei nessa jornada”.
Ela conta que no começo a equipe não participava de competições, mas mesmo com 20 anos ainda consegue competir na sua categoria. Alice sita a flexibilidade do esporte de patinação, pois abrange diversas modalidades e categorias, permitindo que crianças e adultos possam competir.
“Minha vida mudou bastante, depois de adulto é preciso conciliar as obrigações do trabalho com o amor pela vida ao esporte. Minha cabeça está sempre voltada para a patinação, pensando na alimentação, academia, focando não apenas no treino dentro da quadra, mas nos hábitos fora dela”, confessa Alice.
Na hora de competir, Alice descreve que é um turbilhão de emoções que lhe atingem:
“É uma mistura de medo com ansiedade, incertezas, desejo de fazer dar certo e responsabilidade. Mas também é uma alegria imensa, é algo que transborda e quando acaba a coreografia você deseja fazer de novo”. Próximas competições
A última competição da equipe Águia Dourada foi em junho, onde participaram da 1ª fase do estadual, com 15 atletas e voltaram para casa com seis classificações, entre 1º, 3º, 4º e 5º lugar.
Dia 18, as atletas começarão a se preparar para as competições e irão participar de um treinamento com o treinador Alisson Gassen:
“Sempre buscamos a evolução, porque a patinação além de envolver boas performances, muda muito as regras, então precisamos estar atualizadas”. No mês que vem, entre os dias 25 e 29, 24 atletas irão disputar a Copa Oeste em Pinhalzinho, participando de 27 provas. Alessandra relata que este é o segundo ano que a equipe participa da competição e além dos municípios do Oeste Catarinense, neste ano irão participar atletas do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e atletas do litoral catarinense.
Alessandra acrescenta que elas irão participar da modalidade Freedance.
“É uma dança coreográfica com pouco salto e giro. Vale mais a performance e o trabalho dos pés dos atletas”. Nos dias 9 a 15 de outubro, as atletas irão para Ituporanga – SC, participar da segunda fase do estadual. Participam desta competição atletas do estado todo, onde as atletas têm de 20 a 30 concorrentes, dependendo da categoria e idade.
No dia 23 de novembro será realizado o tradicional Show de Patinação, neste ano apenas as atletas cedrenses irão se apresentar:
“Nos anos passados, nós sempre fazíamos intercâmbios com as outras escolas e como o nosso número de atletas subiu bastante e para dar oportunidade para todos se apresentar, nós optamos em fazer neste ano um show somente nosso”.