1º Seminário do Grito dos Excluídos

Na quarta-feira, dia 04, mais de 100 pessoas se reuniram no pavilhão do bairro Primavera, em Campo Erê, para participar do primeiro seminário do Grito dos Excluídos e Excluídas. Estiveram presentes os municípios de Palma Sola, Anchieta e Romelândia-.
O evento realizado há 30 anos no Brasil, tem como objetivo ouvir e auxiliar pessoas excluídas da sociedade, e tem como lema: Todas as formas de vida importam, mas quem se importa?
Na primeira edição realizada em Campo Erê, foi abordado o grito: A Natureza Pede Socorro. O evento realizado pela paróquia campoerense, juntamente com o Sindicato dos Trabalhadores na Agricultura Familiar (Sintraf) e o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), teve como objetivo chamar a atenção das autoridades para a solução de problemas do meio ambiente. Durante a noite o Sindicato apresentou dados sobre a poluição dos rios e o uso dos agrotóxicos.
Segundo a coordenadora regional do Sintraf, Isolete Ludwig dos Santos, o uso de agrotóxico mata milhões de abelhas por ano, além de que cada brasileiro consome em média 5,2 litros de agrotóxicos por ano e de acordo com ela, já foram encontrados resíduos de agrotóxicos no leite materno, devido ao autoconsumo.
“O agrotóxico é a segunda causa da contaminação das nossas águas e sabemos que a água que está sendo consumida em Campo Erê, não é saudável”, relata Isolete. Ela conta que foram feitas 82 análises de agrotóxicos na água de consumo e em 27 análises foram detectados ingredientes ativos de agrotóxicos na água.
Além disso, a noite contou com uma palestra realizada pelo secretário-geral do CNLB [Conselho Nacional do Laicato do Brasil] da Diocese de Chapecó, Leonardo Cerisoli, que abordou sobre o lema do evento e também sobre como a poluição afeta o meio ambiente e a vida como um todo.