Programa Saúde na Escola realiza avaliações de saúde em crianças

O Programa de Saúde na Escola (PSE), uma iniciativa que une esforços entre as secretarias de saúde e educação, realizou uma série de atividades nas escolas municipais de Campo Erê. O programa, que é renovado a cada dois anos, busca promover a saúde nas instituições de ensino, com ações educativas e avaliações periódicas da saúde dos alunos.
Segundo a enfermeira Samara Ronchi, o ano passado foi marcado por atividades educativas, enquanto este ano o foco está na realização de avaliações de saúde das crianças. Entre as avaliações estão o teste de acuidade visual, utilizando a Escala de Snellen, que identifica possíveis problemas de visão. Além disso, são verificadas a pressão arterial e a situação vacinal dos alunos.
Outro aspecto relevante é a medição do Índice de Massa Corporal (IMC), que ajuda a identificar crianças com sobrepeso, obesidade ou magreza extrema. As crianças que apresentam alterações nessas avaliações são encaminhadas ao sistema de saúde para acompanhamento especializado.
“A maioria das crianças está com as vacinas em dia, mas ainda encontramos alguns atrasos. Temos enfrentado desabastecimento de algumas vacinas, como a varicela e a tetra viral, o que é um desafio regional”, explica a coordenadora. Ela também ressalta que a vacina contra a Covid-19 foi incorporada ao calendário vacinal de 2024, mas atualmente, as doses multidoses estão em falta, impactando a vacinação das crianças.
 O programa tem como público-alvo os alunos das escolas municipais, abrangendo principalmente crianças até 11 anos de idade. As ações buscam reforçar a importância da imunização, uma medida que se tornou ainda mais relevante após a pandemia Covid-19. “A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir doenças e evitar a reintrodução de enfermidades que já estavam controladas. Como o sarampo e a poliomielite”, afirma a enfermeira Samara Ronchi.
Nos últimos anos, a Secretaria de Educação de Campo Erê adotou a exigência de caderneta de vacinação atualizada para a renovação de matrículas, uma medida recomendada pelo estado de Santa Catarina. “Essa exigência é uma estratégia para garantir que as crianças estejam protegidas, pois a vacinação é um direito assegurado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Os pais que não imunizam seus filhos estão cometendo negligência”, alerta a coordenadora.
Apesar de alguns casos de hesitação vacinal observados nos últimos anos, especialmente após a pandemia, a maioria dos pais têm aderido às recomendações das autoridades de saúde. Em casos extremos, o Conselho Tutelar é acionado, e o Ministério Público pode intervir.
O PSE segue com as atividades até o final da semana, com novas avaliações nas escolas restantes. Após o encerramento das ações deste ano, as crianças que apresentarem necessidade de acompanhamento médico serão encaminhadas para consultas específicas, especialmente as que tiverem alterações na triagem visual.
A coordenadora finaliza destacando a importância do trabalho conjunto entre saúde e educação para promover a saúde coletiva. "Vacinar é uma responsabilidade não só com a criança, mas com toda a comunidade. Quanto maior a adesão, menos doenças circulam", conclui.