Em entrevista ao Sentinela a prefeita Eliane Fanton (PL) abre o coração e revela medos, anseios, desejos e o sentimento de ser justa e querer fazer o melhor para o povo de Guarujá do Sul.
Quando questionada sobre o que viu nos primeiros 30 dias de governo, afirmou: “Temos um município aparelhado, um município cheio de vícios, compras indiscriminadas e muita coisa sendo jogada fora” explicando que no final de 2024 a vigilância sanitária do município fez a apreensão de carne e outros produtos que não estavam devidamente rotulados ou com prazo de validade vencido. “Obviamente é estranho o poder público receber carne para a secretaria de Educação em período de férias escolares” indaga Eliane.
A prefeitura está concluindo a juntada de documentos entre, orçamentos, ordem de compra, notas fiscais, entre outros. Estes documentos serão enviados para o Ministério Público para que se faça a devida investigação.
Eliane afirma que os servidores públicos de Guarujá do Sul não foram valorizados como deveriam, ou seja, a partir de um plano de cargos e salários. “Em alguns setores a prefeitura está aparelhada, ou seja, pessoas com viés ideológico e político em vez de características técnicas, que a função exige. Além disto temos questões de diárias de funcionários que em alguns casos dobram o salário do servidor. Irei rever estas questões; se a pessoa de fato trabalha e é comprometida é preciso que este valor seja incorporado ao seu salário e conte para a aposentadoria. Agora se a pessoa não trabalha e o valor está ali apenas como um penduricalho, vamos tirar. Vamos honrar nossos compromissos de campanha e teremos uma gestão eficiente” conclui Eliane.
Outra questão é a dificuldade nas contratações e nas compras, um processo lento e burocrático. “Estou acostumada com a rapidez da iniciativa privada, onde coto o melhor preço e no dia seguinte faço a compra. No poder público não é assim” revela Eliane explicando que pretende fazer um calçamento no bairro Tropical, mas para que aconteça é preciso comprar a tubulação para drenar a água da chuva e realocar seis postes de energia elétrica. “O primeiro passo é um projeto elétrico para retirada dos postes, e concomitante a isto um processo de licitação para a compra dos tubos que leva em média 30 dias” explica a prefeita enfatizando que estas questões a frustram, contudo todos os processos serão respeitados dentro da legalidade e da maior transparência.