O Centro Municipal de Educação Infantil e Fundamental (CMEIF), de Anchieta, é conhecido por proporcionar aos seus alunos viagens e passeios. No final do mês de abril, 68 alunos do 7º e 8º ano embarcaram para uma jornada educativa em Foz do Iguaçu-PR, acompanhados por cinco professores e uma mãe.
A viagem planejada pela equipe pedagógica, teve como objetivo reforçar os conteúdos trabalhados em sala de aula nas disciplinas de Ciências, Geografia e Matemática, aliando teoria e vivência prática em um roteiro dinâmico.
A assessora de direção, Maria Roseli Lucas, explica que a proposta surgiu como extensão dos projetos realizados pelos professores, visando intensificar o aprendizado, com uma experiência concreta. Ela acrescenta que a visita à usina de Itaipu, ao Parque das Aves, às Cataratas e outros pontos turísticos foi pensada como parte do processo educativo.
A programação incluiu visitas ao Parque das Aves onde os alunos aprenderam sobre a fauna e flora da Mata Atlântica, às Cataratas do Iguaçu, à Usina Hidrelétrica de Itaipu, à roda-gigante Yup Star e ao shopping da cidade. A escola buscou parcerias para reduzir os custos, conseguindo gratuidade em alguns lugares e meia-entrada. A viagem foi custeada pelas famílias dos alunos, com apoio da equipe gestora para tornar os valores acessíveis.
Para o professor de Geografia Alexandre Eckert, idealizador da proposta junto à direção, a experiência superou as expectativas. “Foz do Iguaçu é uma cidade com muitos elementos que discutimos em aula: fontes de energia, vegetação, turismo e meio ambiente. Quando os alunos viram a grandiosidade da usina, por exemplo, ficaram impressionados. Uma coisa é ver em vídeo, outra é estar ali”, afirma.
Segundo o professor, os conteúdos de Geografia ganharam novos significados. “Trabalhei com o 7º ano sobre fontes de energia e vegetação brasileira. No Parque das Aves, tivemos uma aula de educação ambiental. Os alunos viram espécies da Mata Atlântica e mensagens de conscientização. Isso agrega muito ao que já discutimos na teoria.”
Além do conteúdo, Alexandre destacou os aspectos sociais e de autonomia dos alunos. “Muitos nunca tinham tido essa experiência. Foi um aprendizado de vida também”.
Um grande destaque foi o comportamento exemplar dos estudantes durante a viagem: “Sem a presença dos pais, eles foram muito responsáveis e educados. Os pais confiaram em nós, e eles corresponderam com maturidade”, relata Alexandre.
Maria Roseli reforça a importância dessas vivências para a formação dos alunos. “É um brilho no olhar deles que nos motiva. São experiências que eles nunca esquecem. E o melhor é saber que conseguimos unir entretenimento com conhecimento”.
Outras viagens
A escola tem um histórico de organizar viagens pedagógicas para diferentes etapas do ensino fundamental. Enquanto o 6º ano costuma visitar a Argentina, o 7º e o 8º, alternam entre o Rio Grande do Sul e o Paraná, e o 9º ano se preparam para uma viagem ao Uruguai. Por se uma viagem mais longa, conta com apoio da prefeitura e de ações de arrecadação de fundos.
No fim, a sensação entre professores e equipe gestora é de gratidão. “O conhecimento foi o objetivo principal, mas o crescimento humano e cultural deles foi enorme. Agradecemos aos pais, à escola, a todos os envolvidos. É trabalhoso, mas muito recompensador”, finaliza Maria Roseli.