A maternidade é uma das experiências humanas mais profundas, cheia de beleza, mas também de desafios. O jornal Sentinela conversou com seis mães da região onde circula [Palma Sola, Campo Erê, Anchieta, Flor da Serra do Sul, Guarujá do Sul e São José do Cedro], nesta edição iremos abordar a história da anchietense Tatiana Carine Langhini, que enfrenta a maternidade sozinha.
O desafio e a força de ser mãe solo
Tatiana Carine Langhini, conhecida como Tati, de 29 anos, é natural de Anchieta e hoje enfrenta a rotina intensa de ser mãe solo de Lorenzo Gabriel, de oito anos. Criá-lo sozinha não era o plano original, mas ela abraçou esse papel com coragem e com a ajuda de seus pais.
Após a morte de sua mãe, Tati recebeu o amparo de seu pai, que ajudou ela e seu filho: “Não saberia o que seria de mim e do Lorenzo, somos muito gratos por ele ser um avô muito presente na vida do Lorenzo”, destaca ela.
Tati com muito orgulho conta que seu filho é extremamente inteligente e possui uma memória invejável, porém ele lida com hiperatividade e ansiedade, o que exige acompanhamento constante com neuropsicóloga e uso de medicação para ajudar no rendimento escolar.
Apesar de ter tido uma gravidez tranquila e planejada, o apoio do pai de Lorenzo foi limitado, e após a morte de sua mãe, ela passou a cuidar sozinha do filho, contando apenas com a ajuda de seu pai e da avó paterna: “Sem meu pai nada teria dado certo. Sou muito grata a atenção que eles dedicam a meu filho”, destaca.
A rotina de Tati é marcada por consultas médicas, atividades esportivas e muita energia para acompanhar o ritmo do filho, que precisa estar sempre ocupado para não se tornar agressivo ou ansioso. Ela destaca a preocupação constante em ser suficiente para o filho, especialmente após precisar deixá-lo mais tempo com a avó devido ao trabalho. O sentimento de culpa e a dúvida sobre a qualidade do tempo dedicado a Lorenzo, são frequentes, mas ela busca compensar nos finais de semana, quando fazem programas juntos, como idas à praça e noites de cinema em casa.
Tati admite ser rígida na criação, inspirada pela educação que recebeu da mãe, mas também reconhece a necessidade de diálogo e limites, especialmente quanto ao uso do celular, que costuma deixar seu filho mais agitado. Sobre o futuro, Tatiana deseja que o filho tenha oportunidades, mas respeita os sonhos dele, que hoje quer ser caminhoneiro como o pai.
Para ela, a maternidade trouxe amadurecimento, mudanças no corpo e na mente, e a certeza de que ter alguém esperando em casa de braços abertos com um belo sorriso, é uma das maiores recompensas da vida.