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CRAS fortalece vínculos e previne vulnerabilidades com grupo de idosos

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos atende idosos em situação de risco social com rodas de conversa, artesanato e apoio psicológico, promovendo acolhimento e autonomia.

Ruthe Kezia - São José do Cedro
10/06/2025 15h22 - Atualizado há 8 horas
CRAS fortalece vínculos e previne vulnerabilidades com grupo de idosos
Grupo de idosas atendidas pelo CRAS participa de encontro mensal com atividades de convivência, artesanato e rodas de conversa que promovem acolhimento, autoestima e fortalecimento de vínculos. (Foto: Divulgação)

Uma vez por mês, um grupo de cerca de dez idosas se reúne em um espaço acolhedor e seguro no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) de São José do Cedro. Elas não participam do grupo tradicional de idosos da cidade, por diferentes motivos: algumas não se sentem à vontade, outras vivem situações delicadas dentro do ambiente familiar. Mas todas encontram nesse encontro um espaço de escuta, acolhimento e fortalecimento pessoal.

O trabalho faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos, uma ação prevista na política pública da assistência social. O foco está nos idosos em situação de vulnerabilidade ou risco social, como Silvia Nardi, psicóloga do CRAS explica: “O serviço visa fortalecer os vínculos familiares e comunitários, além de prevenir situações como violência doméstica ou até mesmo o acolhimento institucional.”

Mais do que uma reunião mensal, o grupo representa um espaço de reconstrução da autoestima e da autonomia. A participação é facilitada com transporte oferecido pelo CRAS, garantindo que todos consigam estar presentes. As atividades são variadas: oficinas de artesanato com a professora Kerlyn Schlei, rodas de conversa sobre temas relevantes ao envelhecimento, orientação sobre fraudes, INSS, uso seguro das telas e redes sociais, entre diversos outros assuntos presentes no cotidiano dessas mulheres.

“Criamos vínculos muito bons com elas, isso nos permite identificar e encaminhar questões delicadas que muitas vezes envolvem suas famílias”, explica Silvia.

Embora o grupo seja aberto a todos os idosos, a maioria das participantes são mulheres. A baixa adesão masculina ainda é um desafio. Mas o impacto nas vidas das participantes é visível: elas se sentem cuidadas, valorizadas e passam a reconhecer seus direitos e seus limites.

“Muitas vezes, os idosos são esquecidos, tratados como se não tivessem mais voz. Nosso trabalho é mostrar que eles têm, sim, muito a dizer e muito a viver”, afirma.

O serviço, presente há cerca de 10 anos em São José do Cedro, tem se mostrado uma importante ferramenta de prevenção e cuidado. Um espaço onde a escuta atenta, o afeto e a informação se unem para garantir dignidade e qualidade de vida na velhice.

 

 

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