Com apenas sete anos de idade, Benjamin Emanoel Ritter conquistou uma vaga para representar o Paraná no campeonato nacional de laço na vaca parada, que será realizado no final de julho, em Cristalina (GO). A jovem promessa do tradicionalismo gaúcho foi convocada após se destacar em uma seletiva regional promovida pelo MTG (Movimento Tradicionalista Gaúcho).
Nascido em Palma Sola-SC e atualmente morador de Flor da Serra do Sul-PR, Benjamin é fruto de uma família com forte vínculo com a cultura campeira. A mãe, Maiara Luane Cipriani, relata que a ligação do filho com os rodeios começou antes mesmo do nascimento. “Ele quase nasceu em um rodeio. Desde bebê está inserido nesse ambiente, acompanhando a família e observando os laçadores”, explica.
Benjamin iniciou os treinamentos com cerca de quatro anos de idade, influenciado pelo irmão mais velho, também laçador, seus amigos (Anjos do Sinuelo) e do Patrão Campeiro, todos esses que estão inseridos nesse meio. Desde então, participa de eventos voltados ao incentivo de crianças no laço, e passou a competir oficialmente nos últimos anos. Atualmente, treina diariamente com uma estrutura adaptada em casa, utilizando uma vaquinha de treino para aprimorar técnica e precisão.
Apesar da pouca idade, o menino demonstra disciplina e organização. Segundo a mãe, ele divide a rotina entre os estudos pela manhã e os treinos à tarde. “Ele está muito bem na escola. Cumpre com as tarefas e depois se dedica ao laço. É uma rotina equilibrada”, afirma.
Além de sua performance técnica, Benjamin é ativo na cultura gaúcha. A família usa o esporte para fortalecer valores e afastar os filhos de riscos. “É um ambiente familiar e saudável onde as crianças aprendem respeito e trabalho em equipe, ensinados pela tradição gaúcha desde cedo”, diz Maiara.
Para viabilizar a participação no campeonato nacional, a família organiza uma rifa e busca apoio da comunidade e de patrocinadores. Os custos com transporte, alimentação e hospedagem não são cobertos integralmente pelo MTG, o que torna necessário o engajamento local. “Todo apoio é bem-vindo. Estamos divulgando nas redes sociais e por WhatsApp. A mobilização tem sido positiva”, relata a mãe.
Benjamin compartilha o entusiasmo da família. “Estou ansioso. Gosto muito de laçar. Quero ir para o nacional, depois para o Brasileirão, e nunca vou parar de laçar”, afirma com convicção.
A participação do menino reforça a importância dos eventos tradicionalistas no desenvolvimento de jovens talentos e no fortalecimento da identidade cultural do Sul do Brasil. Em Cristalina, Benjamin enfrentará competidores da mesma faixa etária de diferentes estados, representando não apenas o Paraná, mas também uma geração que cresce conectada à tradição.
Interessados em apoiar a viagem de Benjamin podem entrar em contato com a família pelas redes sociais, como o perfil no Instagram “@perolas_do_benjamin2”, onde são divulgadas informações sobre a rifa, formas de contribuição e a rotina de treinos do garoto.