A Cooper Palmasola inaugura sua nova sede

A inauguração da nova sede da Cooper Palmasola, representa mais que uma conquista física, demonstra a evolução da cooperativa ao longo desses 15 anos. (Foto: Ruthe Kezia)

A Cooperativa de Agricultores Familiares de Palma Sola – Cooper Palmasola, na última sexta-feira, dia 27, celebrou um marco importante em sua trajetória, com a inauguração de sua nova sede. Fruto de anos de trabalho e dedicação, a edificação representa não apenas uma melhoria estrutural, mas o fortalecimento de uma cooperativa que nasceu da união de pequenos produtores e hoje se consolida como referência na atividade leiteira.

A inauguração contou com a presença de diversas autoridades, como o prefeito Marcio Sansigolo (PL), presidente da Câmara de Vereadores, Rafael Pakito (PP), vereadores, secretários, gerente regional da Epagri, Sidinei Egnon Simon, e representando o secretário de agricultura de Santa Catarina, Carlos Chidini, Jairo Henkes.

Fundada oficialmente em janeiro de 2010, a Cooper Palmasola nasceu da união de quatro associações de produtores rurais [ADERPO, ADAP, ADERIO e UNIPAR] que atuavam de forma informal na comercialização de leite no município de Palma Sola. O objetivo inicial era simples, mas ambicioso, ganhar força para negociar melhores preços de venda e compra: “Juntamos essas quatro associações e transformamos em cooperativa, até mesmo para regularizar a situação, porque as associações não eram tão legais”, recorda o presidente da cooperativa, José Mantelli. Na época não havia ainda uma estrutura de agropecuária.

O salto veio em novembro de 2011, com a inauguração da primeira agropecuária. Desde então, a Cooper tem sido referência no fornecimento de insumos para produtores de leite [seu carro-chefe], além de representar um canal de fortalecimento econômico para a agricultura familiar.

Um modelo de parceria e confiança

Atualmente, a Cooper Palmasola conta com mais de 200 famílias associadas, sendo cerca de 130 ativamente envolvidas com a compra de insumos e comercialização do leite. Segundo Mantelli, a cooperativa devolve ao produtor todo o valor obtido com a venda do leite, descontando apenas o frete, o funrural [trata-se de um fundo rural voltado para a contribuição social] e o capital social: “O restante vai 100% para o produtor, e o custo da burocracia é custeado pela agropecuária”, explica.

Com o tempo, a cooperativa firmou parcerias estratégicas com instituições como a Epagri, Sicoob, Sicredi e Cressol, que ajudam a viabilizar projetos e ampliar o suporte técnico e financeiro aos cooperados. Um exemplo citado por Mantelli foi a conquista de R$ 500 mil sem juros, por meio da extensionista Vanessa Ramos da Epagri de Palma Sola, recurso esse que foi investido na estrutura da nova sede.

Nova sede, novos horizontes

A inauguração da nova sede representa mais que uma conquista física. Com um investimento de aproximadamente R$ 1,6 milhão, a estrutura moderna e espaçosa demonstra a evolução da Cooper Palmasola, que hoje movimenta cerca de 600 mil litros de leite por mês.

O presidente relata que a nova sede transmite confiança para o associado. “Só ouvi elogios, graças a Deus, porque realmente ficou muito bonito. E isso vai fazer com que o associado veja com outros olhos a Cooper Palmasola”, destaca.

Mantelli destaca a importância desse momento para todos os envolvidos, relatando ser uma evolução muito grande, pois a cooperativa que nasceu em Palma Sola e começou pequena, e hoje, após 15 anos, construiu sua sede própria. Para ele, esse momento é muito gratificante e significativo.

Com espaço amplo para circulação de empilhadeiras e organização interna mais eficiente, a nova sede está dividida em duas partes: uma destinada às atividades agropecuárias e outra para os escritórios. A estrutura irá permitir o atendimento a novos segmentos, como o comércio de defensivos agrícolas, com espaços específicos para armazenamento seguro. Além de facilitar o trabalho da equipe e melhorar o atendimento aos produtores, que agora contam com maior agilidade e variedade de produtos.

Mesmo diante de desafios como a instabilidade do preço do leite e a diminuição do número de produtores ativos, a Cooper busca se adaptar e crescer. Um dos focos principais para os próximos anos é incentivar a sucessão familiar: “Hoje está diminuindo bastante os produtores. Não está diminuindo a produção, mas o número de produtores está. Por isso pensamos muito em ajudar na questão da sucessão familiar”, reforça Mantelli.

Diversificar os produtos oferecidos, melhorar os preços e manter o compromisso com a qualidade, estão entre os planos da Cooper Palmasola. O presidente destaca que se depender dele e dos associados, com certeza a cooperativa continuará crescendo.

A confiança dos cooperados

Em entrevista ao jornal Sentinela, a produtora Jaqueline Bregalda, que é associada desde o início da cooperativa, conta que para ela o vínculo com a Cooper Palmasola é de parceria e confiança mútua. Ela destaca que a cooperativa está sempre disposta a servir e ajudar os produtores naquilo que for preciso.

Ela acredita que vale a pena se associar e convida outros produtores: “Venham participar, se associar, porque vale a pena. É muito bom, você não se arrepende”, destaca a produtora e associada Jaqueline.

Cooperar para crescer

A Cooper Palmasola é um exemplo de como a união de pequenos produtores, podem gerar grandes resultados. “Eu sou muito cooperativista. Acredito que trabalhar individual, ou você é grande ou não sobrevive. A nossa cooperativa é uma junção de produtores, que visam fortalecer a venda e a compra”, relata Mantelli.

Com uma sede renovada, estruturada, ampliada e com uma base sólida de associados, a Cooper Palmasola se projeta para o futuro com otimismo, buscando não apenas manter sua importância na economia local, mas em ser um polo de referência para o desenvolvimento rural sustentável.