“Na briga do mar e do rochedo, quem sofre é o marisco”

Coluna de opinião do jornal impresso

Igor Vissotto
16/08/2025 10h00 - Atualizado há 1 dia

Escutei o ditado acima na época de faculdade, em Florianópolis, e com o tempo aprendi e real significado. Nas últimas semanas o que mais vejo na TV e nos principais jornais do país são as notícias sobre as ações de Donald Trump e do Lula e minha óbvia conclusão é: o povo perde, o povo sofre.

Vivemos uma era em que as decisões de líderes políticos ecoam muito além das fronteiras nacionais, afetando mercados, investidores, trabalhadores e consumidores em escala global. Recentemente, a postura do presidente norte-americano Donald Trump — principalmente no tocante à taxação de empresas e produtos estrangeiros — e a condução econômica do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva trouxeram à tona debates acalorados sobre os reais impactos financeiros dessas políticas.

O extremismo político, quando fala mais alto que o diálogo, tende a deixar um rastro de prejuízos e incertezas para todos.

 

A postura de Lula

No Brasil, a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também provoca discussões intensas, principalmente em relação à condução econômica e à política fiscal. Lula, politicamente situado à esquerda, defende maior intervenção estatal, aumento de programas sociais e revisão do sistema tributário, com ênfase na taxação de grandes fortunas, empresas multinacionais e rendimentos financeiros.

Setor Financeiro: As propostas de Lula para tributar dividendos e grandes fortunas geram apreensão entre investidores, que temem fuga de capitais e diminuição da atratividade do país para investimentos estrangeiros.

Indústria: O aumento da carga tributária sobre empresas pode resultar em menor competitividade internacional, redução de empregos e repasse de custos para o consumidor final.

Varejo: Mudanças nas regras de tributação sobre comércio eletrônico e serviços digitais também afetam empresas de tecnologia e pequenas startups, que veem seus custos operacionais crescerem.

 

Os perdedores do extremismo político

O extremismo político, seja de direita ou de esquerda, tem uma característica comum: a recusa ao diálogo e à busca por consensos. Quando líderes se fecham em suas convicções e ignoram a complexidade do sistema econômico, o resultado raramente é positivo. A polarização impede soluções pragmáticas e condena setores inteiros a adaptações traumáticas, muitas vezes sem benefícios reais para a sociedade.

 

Equilíbrio

O cenário ideal é aquele em que políticas públicas são desenhadas com base em diálogo, análise técnica e respeito aos diferentes interesses da sociedade. Taxar de forma justa, equilibrar contas públicas e garantir competitividade são desafios que exigem liderança aberta ao debate e à revisão de ideias.

Tanto as políticas de taxação de Donald Trump quanto as propostas de Lula evidenciam como o radicalismo político pode se transformar em um ciclo de perdas econômicas e sociais. O futuro exige pragmatismo, capacidade de negociação e compromisso com o bem-estar coletivo. Num mundo interligado e competitivo, só há perdedores quando o diálogo é substituído pela polarização — e todos pagam o preço da intransigência.

 

 

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