Sentinela do Oeste Publicidade 1200x90
03/06/2020 às 08h20min - Atualizada em 03/06/2020 às 08h20min

Agrofloresta é meio de faturamento para agricultores

O sulflorense Cristiano Katzer implantou o projeto em sua propriedade no ano passado e torce para que a colheita seja feita em até dois anos

A Assessoar (Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural), com sede em Francisco Beltrão, realiza junto de seus associados o projeto do Sistema Agroflorestal (SAF), que tem como objetivo propagar as agroflorestas em toda a região, reunindo as culturas de importância agronômica em consórcio com a floresta. O projeto foi propagado a algumas famílias da região, e entre elas, está a família Katzer da Linha São Roque, interior de Flor da Serra do Sul.

Conforme o agricultor e responsável pela propriedade da família, Cristiano Katzer, os beneficiados disponibilizam a área e se comprometem em dar continuidade ao projeto, enquanto a Associação disponibiliza as mudas e auxilia na plantação. “Implantamos a agrofloresta no dia 1º de outubro do ano passado e esperamos que em dois anos possamos iniciar a colheita dos frutos. Nós disponibilizamos a área e se comprometemos em estar dando continuidade, enquanto eles fornecem o resto. É um consórcio de plantas, tem árvores frutíferas, nativas e lenhosas. Podem ser plantadas tanto hortaliças, quanto outras que se adaptam no meio delas. Claro que com o tempo temos que ir nos adequando, porque no período de mais sombra algumas podem não se adaptar”, esclarece.

A propriedade Katzer contempla uma área de 90.000m², onde a pecuária leiteira está entre as principais atividades de renda. “Atualmente trabalhamos com 15 vacas, e 85% da renda familiar conseguimos com isso. Enquanto agora, percentualmente as hortaliças são 15% do faturamento da família. Elas dão pouco trabalho e o custo não é alto para a produção. A preocupação que temos é conseguir comercializar”, explica o agricultor ressaltando que foram plantadas 300 mudas de 23 espécies.

“Há aproximadamente 60 dias iniciou-se o plantio das hortaliças e já podemos comercializá-las. Muitas das mudas que foram plantadas começaram a produzir em um período mais curto, enquanto outras em um mais demorado. Temos aqui a noz pecan, que possui um tempo um pouco maior para começar a produzir; variedades de citrus, acerola, carambola, manga, pêssego, pera, caqui e banana. Algumas delas vamos ver como será a adaptação com o clima, pode ser que tenham problemas com as temperaturas baixas, a exemplo das bananeiras. Mas se não se adaptarem, vamos substituir por outras que se adaptam melhor a região e clima”, conta Cristiano.

“Tivemos um pouco de dificuldade na hora do preparo do solo para plantar as árvores frutíferas. Tivemos que cavoucar bastante e encontrar uma maneira de irriga-las. Tem água na propriedade, mas não tem um lugar apropriado para estar conseguindo trazer a água para as frutíferas; para as verduras tivemos o mesmo problema. Estamos tentando se adaptar; temos um projeto que irá nos ajudar a puxar água. Obviamente quando começarmos a faturar e ter recurso financeiro iremos investir em irrigação e no que for necessário para que esse setor de legues e frutas dê o dinheiro que esperamos”, finaliza.
Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Sentinela do Oeste Publicidade 1200x90