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11/07/2022 às 17h20min - Atualizada em 11/07/2022 às 17h20min

Novo Ensino Médio resgata memória sobre o ensino em Palma Sola

Colégio Claudino Crestani reúne alguns dos primeiros professores para lembrar como eram as aulas há 40, 50 anos

Palma Sola
Da redação
Divulgação
O Colégio Claudino Crestani lança mais um projeto com a participação da comunidade, no caso professores e alunos que atuavam nesta escola estadual entre as décadas 60, 70 e 80. Esta roda de conversa, foi realizada na segunda-feira, dia 11, e tratou sobre a história da implantação e evolução do ensino em Palma Sola. O projeto foi idealizado a partir do Novo Ensino Médio.
Entre os professores estavam Rosa Cavalieri Luvison, Alzira Benetti, Maria Zeneide Seger e como aluno estava Névio Benetti. Todos foram convidados a falar sobre como era dar aula e estudar nas suas respectivas épocas. Os exemplos de vida, de persistência, de busca pelo conhecimento, chamaram atenção.
Além da direção e dos coordenadores deste novo projeto participaram da conversa 56 alunos que fazem parte do Novo Ensino Médio.
Os ex-professores lembraram das dificuldades, das escolas multisseriadas. A ex-professora Rosa Luvison lembra do início das suas atividades em 1956, uma época que se caminhava muito até chegar na escola, que se exigia muita disciplina dos alunos, que ela não admitia conversa em sala de aula, tampouco bagunça. “A tabuada estava sempre na ponta da língua, corrida e salteada”.
Zeneide Seger lembra de um tempo em que foi professora na escola Paulo Macarine na divisa entre Palma Sola e Flor da Serra do Sul. “Naquela época além de professora nós também fazíamos a limpeza da escola e a merenda para os alunos. Todos ajudavam, os alunos eram muito empenhados, acredito que pelas próprias dificuldades da época”.
A professora Alzira Benetti, veio de São Miguel do Oeste, numa época em que se formavam os ditos Normalistas. “Quando eu e mais três amigas chegamos para dar aula na escola ela era num antigo armazém do Seger, próximo ao Posto de Saúde. Lembro que a 1ª e 2ª série eram juntas numa das salas, numa sala multisseriada. Havia mais duas turmas, de 3ª e 4ª série” conta Alzira lembrando que em 1971 começou a funcionar a escola no terreno onde é a escola hoje, com 8 salas de aula, secretaria e cozinha. “Das escolas feitas no início da década de 70, tenho certeza que esta é uma das mais bem conservadas. A equipe de hoje está de parabéns!”.
Por muitos anos a escola era intitulada Grupo Escolar Professor Cândido Abdon Goulart. Em 1994 foi rebatizada para Escola Estadual Claudino Crestani, já no ano de 2001 passou a Escola de Educação Básica Claudino Crestani.
O ex-aluno Névio Benetti recorda da disciplina em sala de aula, dos puxões de orelha, das aulas de matemática e do rigor em sala de aula. “A minha primeira professora foi a Catharina Seger, a segunda foi a Noeli Seger. Era uma época de muito respeito ao professor, ele era uma autoridade. Um tempo que tínhamos quatro autoridades no município: o delegado, o padre o prefeito e o professor”. Uma época em que se cantava o hino nacional com a mão direita sobre o peito antes do início das aulas.
Alzira também lembra de disciplinas que julga muito importantes, a exemplo da disciplina Educação Moral e Cívica e (OSPB) Organização Social Política Brasileira. “Os pais acabavam contribuindo muito com a escola por sempre darem razão ao professor, se o aluno tirava uma nota baixa, nenhum pai aparecia na escola para tirar satisfação, quem dava a satisfação era o filho, explicando o porquê daquela nota”.


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