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03/04/2023 às 13h46min - Atualizada em 03/04/2023 às 13h46min

Aumento dos focos do Aedes Aegypt em Palma Sola

O município é considerado infestado, felizmente, o mosquito ainda não está infectado então não transmite a dengue

Palma Sola
Redação
Divulgação
Os focos do mosquito Aedes Aegypt estão aumentando em Palma Sola, em novembro do ano passado, foi realizada uma coleta positiva para a larva do Aedes, em menos de cinco meses, os focos subiram para 17. Segundo as agentes de endemias, o mosquito está em todos os lugares, o município é considerado infestado, felizmente, eles não estão infectados com a Dengue.
O maior número de focos está no bairro Palmares.
Esse aumento no número de focos foi constatado através do Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti – LIRAa. O LIRAa é realizado duas vezes ao ano pelas agentes de saúde, no entanto, essas não são as únicas coletas realizadas. Durante as visitas às residências as agentes de endemias eliminam vários focos, nesse sentido, concluímos que o número é muito maior.
 
O trabalho das agentes
Hoje, o setor de endemias conta com três agentes, é Jeise de Fátima Barbosa, Michele Moresco e Maiara Jabornik Ville. Elas realizam os chamados ciclos, que são as visitas às residências, os tratamentos e coletas.
“Hoje realizamos os tratamentos em cerca de 20 residências. Nós tratamos cisternas, tanques e reservatórios de água, as condições são estar limpo e não ter peixes. Utilizamos pastilhas efervescentes que eliminam as larvas do mosquito, e se a água estiver suja ele não é eficiente. Esse tratamento é realizado a cada dois meses”, explica Jeise.
Ainda segundo ela, o tratamento é natural e a água tratada pode ser utilizada para consumo.
“Achamos muitas larvas no lixo, potes de animais, baldes, piscinas infantis, caixas de água, isso é pela falta da manutenção. Mas já encontramos larvas até mesmo em cascas de alimentos”, acrescenta Jeise.
Quando esses focos são encontrados, as agentes, junto com os proprietários, realizam a eliminação dos criadouros. “Não encontramos muita resistência, mas quando isso acontece, geralmente é porque há algo errado. A pessoa sabe que tem lixo ou algo que acumula água e pode ser criadouro. Quando acontece que a pessoa não permitir que a gente olhe o terreno, nós notificamos, isso vai para um sistema e a partir daí quem toma as devidas providências é a Vigilância Sanitária”, relata a agente Michele.
Além dos ciclos, as larvas do mosquito são monitoradas através das armadilhas. Hoje o município conta com 15 armadilhas, localizadas a cada 500 metros. O local e quantidade de armadilhas é monitorado pela Regional de Saúde de São Miguel do Oeste. 
As agentes de saúde são parceiras das agentes de endemias. O acesso delas às residências é mais fácil, então elas olham dentro das casas, se há algum foco e repassam orientações.
 
Cuidados
As agentes reforçam os cuidados que os munícipes devem ter em casa para evitar os criadouros e a proliferação do mosquito. O principal é manter o pátio limpo, a orientação é, ao menos uma vez por semana passar pelo pátio recolhendo tampinhas, embalagens plásticas e restos de alimentos. “Já encontramos larvas em cascas de ovos. As pessoas tem costume de jogar esses restos na horta, o melhor é enterrar”, fala Maiara.
Sobre os potes de água de animais, é importante lavar com sabão ao menos uma vez na semana. Nas piscinas, principalmente as infantis, o cuidado é o mesmo. “Uma vez na semana passar a esponjinha com sabão. Vale ressaltar que os ovinhos são muito resistentes, muitas vezes o ovo que o mosquito colocou na borda da piscina no ano passado, e você guardou sem lavar, vai eclodir agora, ao entrar em contato com a água”, exemplifica Michele.
Nas cisternas é necessário ter telinha, fazer tratamento e manter limpa. Também é necessário manter as calhas limpas e com tela.
“Nós pedimos que as pessoas mantenham seus pátios limpos, quem possui terrenos baldios, que mantenha esse terreno limpo. Estamos sempre à disposição para tirar dúvidas e repassar orientações. Temos uma maquete aqui no posto, onde há algumas orientações. Vale ressaltar que Palma Sola ainda não está em epidemia, pois não temos nenhum caso de dengue, mas como tem muitos focos de mosquitos, o risco de desencadear uma epidemia é grande. Temos municípios próximos, como Guaraciaba, que é infestado. Quem vai para outros municípios tem que passar bastante repelente, se prevenir para não contrair a doença”, finaliza Jeise.

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