29/07/2023 às 11h15min - Atualizada em 29/07/2023 às 11h15min

Índice de obesidade entre crianças aumenta em Campo Erê

Das 1088 crianças avaliadas, 11,6% apresentaram obesidade, o percentual de aumento foi de 1,1% em relação a 2022

Redação
Ano a ano, o número de crianças e adolescentes com obesidade aumenta, em Campo Erê, de 2022 a 2023, o aumento foi de 1,1%. Conforme o Ministério da Saúde, crianças com obesidade correm riscos de desenvolverem doenças nas articulações e nos ossos, diabetes e doenças cardíacas. O aumento do sobrepeso entre crianças e adolescentes de Campo Erê é monitorado pela nutricionista da Secretaria de Educação, Marina Bernardi.
Segundo ela, a obesidade infantil é resultado de uma série complexa de fatores genéticos e comportamentais, que atuam em vários contextos: familiar, escolar, social. A pandemia da Covid-19 também agravou a situação e teve impacto importante na alimentação das crianças e adolescentes, além do aumento do sedentarismo.
“Todos os anos realizamos a avaliação antropométrica dos alunos de 1 a 12 anos da rede municipal de ensino (educação infantil e ensino fundamental I). Contamos com o auxílio dos professores de educação física que pesam e medem as crianças e lançamos esses resultados no sistema. No ano passado avaliamos 1022 crianças, dessas 156 apresentaram sobrepeso, 72 obesidade e 26 obesidade grave, em um percentual temos 10,5% das crianças obesas. Neste ano, avaliamos 1088 crianças, 145 apresentaram sobrepeso, 98 obesidade e 31 obesidade grave, em percentual o número de crianças obesas é de 11,6%. Em 2015 tínhamos 9% das crianças obesas, é um aumento bem significativo”, explica Marina. 
Cada criança é avaliada dentro de quatro parâmetros: peso para idade, estatura para idade, peso por estatura e Índice de massa corporal (IMC) por idade. As crianças são clarificadas dentro desses parâmetros e recebem um diagnóstico. “Nossa preocupação é em relação ao aumento da obesidade, felizmente a magreza e a magreza acentuada baixaram de 1,5% para 1,4%. Esse é um dos motivos para realizar a avaliação antropométrica, através dela avaliamos o estado nutricional da criança, se está se alimentando bem ou até mesmo passando fome”, esclarece a nutricionista.
Ela lembra que nos anos anteriores, o município desenvolvia com as crianças que estavam obesas o projeto Crescer Saudável. No contraturno escolar essas crianças eram acompanhadas por educadores e profissionais da área médica que desenvolviam atividades relacionadas à educação alimentar e emocional e atividades físicas. “Convidamos a família e as crianças para participar, mas chegou um ponto onde a adesão era muito baixa, menos de 50%, então neste ano faremos algo diferente”, relata a nutricionista.
Como Marina não consegue atender todas as crianças de maneira individual, a ideia é pensar em uma estratégia de atender essas crianças através da Secretaria de Saúde. “Para manter projetos que atendem as crianças no coletivo é necessário o interesse das famílias. Ainda faremos um planejamento junto do pessoal da saúde, para verificar o que pode ser feito para atender essas crianças, pelo menos os casos mais graves, de maneira individual. Também buscaremos projetos para conscientizar as famílias sobre alimentação saudável”,
O município já desenvolve nas escolas projetos que incentivam a alimentação saudável, como o Dia da Fruta. Nas escolas também não são servidos alimentos ultraprocessados, já que, a resolução do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar) permite que as escolas sirvam apenas aumentos in natura ou minimamente processados, há restrições até mesmo para a quantidade de açúcar servido.
“A maioria dos alimentos é preparado pelas merendeiras. Sempre que possível a gente trabalha com oficinas de alimentação, na Páscoa a gente teve as receitinhas diferentes e saudáveis, que as crianças gostaram de comer. As escolas estão bem empenhadas, as merendeiras são cuidadosas e junto com as diretoras estão sempre buscando receitas novas e saudáveis para servir no espaço escolar. Toda a equipe empenhada em relação à alimentação saudável, agora precisamos engajar as famílias, pois é a família que orienta a criança e leva o alimento para a casa”, finaliza Marina.


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