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26/01/2024 às 10h00min - Atualizada em 26/01/2024 às 10h00min

Aumenta a demanda pelo atendimento psicológico

Neste início de ano, campanha Janeiro Branco, ao estilo das campanhas Outubro Rosa e Novembro Azul, chama atenção para a importância de cuidar da saúde mental

O psicólogo lembra que o cuidado com a saúde mental está aliado à prática de atividades físicas e uma alimentação saudável. (Foto: Sofia Bertolin)
O ano de 2024 começou e com ele inicia-se a campanha Janeiro Branco, que visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e síndrome de pânico. As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Nesse rol entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.
O Janeiro Branco é uma campanha ao estilo da Campanha Outubro Rosa e da Campanha Novembro Azul. O seu objetivo é chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas e das instituições humanas. Neste ano a campanha tem o tema: Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer, agora?
O nome Janeiro Branco foi escolhido porque no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. E, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, todas as pessoas podem ser inspiradas a escreverem ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida.
“No ano passado foi sancionada a lei nº 14.556, de 25 de abril de 2023, que institui a campanha Janeiro Branco, como uma campanha dedicada à promoção da saúde mental. Ela estabelece que em janeiro serão realizadas campanhas nacionais de conscientização da população sobre a saúde mental, que abordarão a promoção de hábitos e ambientes saudáveis e a prevenção de doenças psiquiátricas, com enfoque especial à prevenção da dependência química e do suicídio”, explica o psicólogo da secretaria de saúde de Palma Sola, Cristian Rockenbach.
Conforme ele, neste ano, a Secretaria de Saúde optou por divulgar a campanha através dos portais de notícia do município e das redes sociais, desmistificando a depressão, a ansiedade e o trabalho do psicólogo, bem como, falando sobre distúrbios do sono e como melhorar o sono. “Neste início de ano as demandas por atendimento psicológico aumentaram muito. Percebemos um esgotamento na população, o sistema que vivemos pede produção o tempo todo, em meio a isso tivemos muitos avanços tecnológicos, como o celular, os pais cada vez mais esgotados, acabam tendo dificuldades nos cuidados dos filhos. São muitas coisas, muitos estímulos o tempo todo, gerando um esgotamento”, relata o psicólogo.
Cristian lembra que depressão é a doença psiquiátrica mais incapacitante do mundo. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) o século está fadado a ser das doenças mentais. “Esse adoecimento faz com que cada vez mais pessoas busquem ajuda, valorizando o cuidado com a saúde mental. Quem estiver passando por algum tipo de sofrimento pode procurar os serviços de saúde, em caso de dúvidas sobre como realizar consultas, o munícipio conta com uma equipe de Agentes Comunitárias (os) de Saúde muito preparada para contribuir com a população”, enfatiza.
Além de atendimento psicológico e psiquiátrico, a Secretaria de Saúde conta com uma equipe multidisciplinar com médicos (as) clínicos, enfermagem, ginecologista, assistente social, nutricionista, educadores físicos, fisioterapeutas e pediatra. Algumas especialidades estarão disponíveis nos próximos meses como fonoaudiologia e dermatologista. “Através dessa equipe, buscamos promover a saúde mental aliada a práticas de atividades físicas e uma alimentação saudável, por exemplo”, lembra Cristian.
O objetivo deste mês é fazer com que as pessoas olhem mais para si próprias: “Estamos vivendo com muitos estímulos à nossa volta e não estamos acompanhando todas as mudanças tecnológicas e culturais. Se não dermos uma pausa para processar todo o sofrimento guardado o adoecimento é quase certo. Sabemos que é difícil tocar em certos assuntos e sofrimentos vividos, e relatar isso ao psicólogo (a) pode ser doloroso, mas cabe ao profissional respeitar o processo de cada um. Somos facilitadores, buscamos não julgar o sofrimento, construindo um vínculo com quem atendemos, dessa forma, a cada atendimento a pessoa se sente mais confortável e confiante no processo de psicoterapia”, conclui.


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