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22/02/2024 às 10h00min - Atualizada em 22/02/2024 às 10h00min

Empreendendo com panificados

Há três anos, a empresária palmassolense, Eliane Balboena Zandoná, vende panificados, massas frescas, bolachas, biscoitos e bolos

Redação
Com a venda dos panificados na feira, Eliane precisou aumentar a produção. (Foto: Divulgação)
Há três anos a empreendedora, Eliane Balboena Zandoná, incentivada pelo marido Cezar Zandoná, decidiu que iria vender panificados, massas frescas, bolachas e bolos.
Eliane morava no interior de Palma Sola, trabalhando na agricultura e na pecuária leiteira, quando se casou, veio para a cidade e passou a trabalhar como faxineira. Com problemas de coluna e o filho pequeno, Lorenzo, para cuidar, Cezar sugeriu que a esposa trabalhasse em casa. “Enquanto ainda morava no interior fiz cursos de panificação, de preparo de bolachas e massas, através do Clube de Mães e Senar, depois pelo Senac, Sebrae e Sindicato. Nunca tinha pensado em trabalhar com isso, porque sempre lidei com vacas de leite, fazia os cursos por fazer. Quando vim para a cidade comecei a me aperfeiçoar. Por incentivo do Cezar comecei a empreender, desde então, não parei”, relata Eliane.
O começo foi difícil, para que as pessoas conhecessem seu trabalho, Eliane enviava seus produtos para degustação. Mais uma vez ela contou com a ajuda do marido, que levava seus produtos até a prefeitura e ao hospital. “O pessoal falava o que precisava melhorar e eu fui ajustando as receitas, principalmente porque trabalho com as receitas da família do Cezar, as bolachas e cucas são receitas da mãe dele, são receitas antigas, então algumas coisas fomos modificando. Foram cerca de cinco meses para dar o giro, as encomendas começaram, aos poucos foram aumentando”.
Hoje Eliane trabalha com produtos sob encomenda, as cucas por exemplo, ela faz apenas na sexta-feira, aceitando encomendas até quinta-feira à noite. Já os pães, ela faz três vezes na semana. “As bolachas, massas, lasanhas, bolos, palitinhos salgados, grostolis, tudo é sob encomenda. Como tenho clientes fixos, que pegam pães toda semana, faço a quantidade certa de produtos. Recentemente abrimos parceria com um mercado, onde forneço os pães, mas até então, era só por encomenda. Sempre aviso os meus clientes, para que peçam o que precisam com antecedência, então consigo me programar para fazer as coisas”.
Além de produzir sob encomenda e entregar seus produtos no comércio local, Eliane vende na Feira dos Produtos Locais. Na semana da Feira, ela se concentra na produção das bolachas e na sexta-feira produz pães e cucas, para que estejam fresquinhos no sábado de manhã.
Vez ou outra, Eliane recebe encomendas diferentes, de produtos sem derivados de leite, sem glúten e até sem ovos: “A gente busca formas de substituir esses ingredientes. Para o bolo de fubá por exemplo, na minha receita vai leite, para a cliente que pede sem, uso o suco de laranja. Para outra minha cliente que não pode comer ovo, fazemos o biscoito doritos, uma receita que não vai ovo. Nas bolachas é a mesma coisa, vamos achando formas de substituir. Quando o cliente tem alguma restrição alimentar a gente vai testando novas receitas e novos ingredientes até que fique do gosto da pessoa”.
A regularização da cozinha de Eliane, com os padrões exigidos pela vigilância sanitária, foi realizada logo que ela começou a empreender. A adequação mais recente foi nos rótulos. Conforme explica a empresária, neste ano houve uma mudança nas tabelas nutricionais. “Nós compramos farinha, manteiga e alguns produtos de fora. Essa empresa que nos fornece a farinha também fornecia as tabelas nutricionais. Agora neste ano houve a necessidade de fazer a adequação dessas tabelas, de acordo com a legislação vigente então quem formulou as novas tabelas nutricionais foi a Secretaria de Agricultura municipal. Com essas tabelas em dia, abre mais possibilidade de comercialização, para mercados e padarias”, explica Eliane.
Nas horas vagas, Eliane e o marido cultivam hortaliças, que são parte da merenda escolar das crianças. Atualmente o casal está ampliando a estufa. Outro afazer de Eliane é cuidar das suas galinhas poedeiras. “Quando meu pai era vivo, ele tinha galinhas poedeiras, então pegávamos os ovos de lá, agora que ele faleceu, fizemos um galinheiro aqui em casa, então tenho os ovos sempre frescos para usar nas receitas”, conta ela. 
Para o futuro os objetivos de Eliane e Cezar, são aumentar o fornecimento dos produtos para os mercados, um sonho ainda maior é ter a própria padaria. “Para tudo precisamos de tempo e planejamento, um dos nossos objetivos a curto prazo é adquirir mais um forno industrial, já que o nosso ficou pequeno”, conclui a empresária.


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