Após meu retorno de Florianópolis, onde completei minha formação acadêmica, passei a interagir com as cooperativas de crédito e agrícolas que predominam em nossa região. Sempre percebi que as cooperativas combinam aspectos positivos tanto do capitalismo quanto do socialismo. Elas são orientadas para resultados e meritocracia; ao mesmo tempo, distribuem os lucros entre seus associados, que são também os proprietários. Além disso, as cooperativas apresentam um nível de transparência em seus números que supera qualquer instituição privada.
Em toda Santa Catarina, o cooperativismo tem desempenhado um papel crucial no desenvolvimento regional. Aqui na minha coluna quero refletir junto contigo sobre as razões por trás do crescimento do cooperativismo.
As primeiras cooperativas surgiram como resposta às necessidades de pequenos agricultores que buscavam melhores condições de produção e comercialização. Com o passar dos anos, o movimento cooperativista se expandiu para diversos setores, incluindo crédito, saúde, educação e consumo. A legislação brasileira também evoluiu, com a Livre Admissão, para apoiar e regulamentar as atividades cooperativas, proporcionando um ambiente favorável para seu crescimento.
Sicoob São Miguel, Sicredi Fronteiras, Cooper Palma Sola, Cooper Alfa são exemplos notáveis de como o cooperativismo pode impulsionar o desenvolvimento regional.
Santa Catarina abriga algumas das maiores e mais bem-sucedidas cooperativas do país, que atuam principalmente nos setores agropecuário, de crédito e de saúde. A Cooperativa Central Aurora Alimentos, por exemplo, é uma referência nacional no setor agroindustrial, contribuindo significativamente para a economia local e nacional.
Santa Catarina também é berço da primeira cooperativa de comunicação do país, a Comcoope. Essa Cooperativa de Comunicação surge da mesma maneira que todas as cooperativas surgiram: a partir da necessidade e dificuldade de um setor, no caso o setor de comunicação. Donos de jornais impressos, jornalistas e comunicadores se reuniram em torno dos mesmos dilemas e montam uma cooperativa para ampliar seus negócios, aumentar a área de atuação e prosperar.
O crescimento do cooperativismo em Santa Catarina tem gerado impactos positivos significativos tanto na esfera social quanto econômica. As cooperativas promovem a inclusão social, democratizam o acesso a recursos e serviços, e fortalecem as comunidades locais. Economicamente, contribuem para a geração de empregos, aumento da renda e redução das desigualdades.
