O talento e a criatividade dos estudantes do EEB Claudino Crestani estão ganhando destaque em Santa Catarina. O projeto “X9 do Desmatamento”, desenvolvido pelos alunos Alyssa Dalalba Nunes, Isabella Holz e Gabriel Andreghetto, foi selecionado para a fase estadual da Feira Catarinense de Ciência, Tecnologia e Inovação (Fecitec), que acontecerá em Florianópolis nos dias 4, 5 e 6 de novembro.
A ideia nasceu de uma proposta em sala de aula e rapidamente se transformou em uma iniciativa inovadora. Com orientação do professor Maicon Miorandi Leão, do Laboratório Maker da escola, o trio criou um protótipo capaz de detectar sons de motosserra em funcionamento e registrar a data e hora da ocorrência. O dispositivo, que utiliza placa Arduino e sensor de som KY038, foi projetado para ser camuflado em uma estrutura inspirada no ninho de joão-de-barro, garantindo resistência e discrição no ambiente natural.
Segundo Alyssa, a experiência foi intensa. “A gente veio quase todos os dias no contraturno para desenvolver o projeto. Foi cansativo, mas valeu a pena pelo resultado e pela chance de mostrar nosso trabalho em nível estadual”, destacou. Isabella complementa que a expectativa é alta: “Queremos levar o protótipo mais completo para Florianópolis, e estamos confiantes de que pode ter um grande impacto na preservação ambiental”.
Gabriel reforça que a proposta surgiu também como uma reflexão sobre a responsabilidade da nova geração. “Nosso grupo acredita que é preciso buscar soluções para reduzir o desmatamento. Esse é um problema que vai afetar o futuro de todos nós”, afirmou.
Para o professor Maicon, ver os alunos assumindo o protagonismo é motivo de orgulho. “Eles confiaram em mim como orientador, mas foram além: demonstraram dedicação, espírito de equipe e compromisso com uma causa relevante. Projetos como esse mostram como a escola pode formar cidadãos criativos e conscientes”, destacou.
A equipe agora se prepara para a etapa estadual, ajustando o protótipo e buscando recursos para aprimorar o dispositivo. A viagem e estadia em Florianópolis serão custeadas pelo Estado, o que permitirá aos jovens levar a ideia adiante e apresentar a inovação a avaliadores e pesquisadores de todo o país.
