20/02/2016 às 10h25min - Atualizada em 20/02/2016 às 10h25min

Assembleia do Sicredi em Palma Sola

Mais de 9,7 milhões serão distribuídos como sobras para os associados

O Sicredi Fronteiras PR/SC/SP realizou na sexta-feira, 12, uma assembleia para prestação de contas e decisão coletiva das ações em Palma Sola. O evento contou com a participação do presidente da Sicredi Fronteiras, José César Wunsch; gerente da unidade do município, Evandro Gindri; diretora executiva, Adriana Conceição Barros Mêes; coordenador Clenocir Francisco Pagnoncelli (Leco); prefeito, Domingos Locatelli; vice-prefeito, Gilmar Pauletti, presidente da Associação Empresarial de Palma Sola, Igor Vissotto entre demais lideranças e associados. A assembleia foi realizada a partir das 14h, no CTG Estância da Fronteira.

Na Cooperativa Sicredi Fronteiras, o período de diálogos com os associados está ocorrendo desde 1º de fevereiro e encerra em 11 de março. Os encontros serão realizados em 26 cidades e devem reunir 8.850 associados.

Foi informado durante a assembleia que a entidade ficou no Top 5 do Banco Central, entre os principais agentes do BNDS no repasse de recursos, líder na aplicação de recursos de crédito rural dos programas agrícolas do Governo Federal. Pelo 5º ano consecutivo foi reconhecida pela Revista Você S/A como uma das melhores empresas para se trabalhar no Brasil.

Entre os assuntos debatidos esteve a prestação de contas relativas ao ano de 2015, destinação de sobras, onde serão distribuídos entre os associados mais de R$ 9,7 milhões. Além do dado de que em dezembro contabilizou 49,4 mil associados, crescimento de 10%, R$ 576,65 milhões em recursos totais, crescimento de 16% em relação a 2014.

Confira uma entrevista com o presidente da cooperativa, José César:

 

Qual a avaliação geral sobre essas assembleias?

Nesse ano iniciamos de forma diferente, pois começamos no Estado de São Paulo. Posso dizer que naquele Estado onde não somos tão conhecidos, nos surpreendeu a presença de associados, posso citar a cidade de Bragança Paulista que foi a mais surpreendente em números de pessoas. Lá o gerente que é de Palma Sola, Diógenes Algayer, está fazendo um extraordinário trabalho. Em Bragança estávamos com 180 associados presentes numa cidade de mais de 300 mil habitantes.

Queremos sempre agradecer a participação efetiva dos associados, mesmo nós realizando as assembleias de manhã, tarde ou noite. O associado precisa ter senso de pertencimento e perceber que a cooperativa é realmente dele.

 

Nessa busca de fidelização, o que está previsto para o ano de 2016?

Todos os anos são diferentes. Estamos planejando sobre uma situação econômica que se apresentava, sendo que 2015 apresentou-se totalmente atípico do que se vivia até então com o crescimento da taxa de juros, nível de desemprego subindo. Então começamos a planejar 2016 também com esse cenário de 2015. Pretendemos chegar a 54 mil associados neste ano e com um resultado da ordem de R$ 24 milhões.

Vamos abrir mais uma unidade de atendimento, em Louveira São Paulo. Trabalhando bastante forte com relação a limites de crédito, seja em especial para a expansão do agronegócio, BNDS e linhas para custeio. Temos feito um esforço grande no sentido de poder atender, no exemplo, agora quando acabamos de financiar a soja, o associado já está colhendo e começando a financiar o milho safrinha. Começa-se a ter um pouco de escassez de recuo para as atividades subsidiadas do agronegócio. A origem do dinheiro que financia o Pronaf, para plantar soja, milho, trigo, a origem vem de depósitos das poupanças, e os depósitos em conta corrente estão ficando mais reduzidos. Algumas instituições financeiras que por causa do Banco Central precisariam aplicar no campo, mas não aplicam, mas repassam ao Sicredi para que façamos esse compromisso. Começamos a ter então menos base de equalização.

 

O que significa essa equalização?

Pegamos recurso próprio do Sicredi, como exemplo, o associado aplica hoje a um juro de 14,25. Pegamos até 60% da poupança do saldo, para transformar em crédito rural. Imaginamos um juro de 8% para quem deixa dinheiro aplicado, empresta para o associado a 2% a 4% de acordo com a linha de enquadramento. A diferença de juros o Governo precisa equalizar e isso está demorando cada vez mais por causa das portarias de autorização pra equalização. É um custo e cada vez mais o laço vem encolhendo, então estamos nos organizando.

É um ano que estamos trabalhando muito forte, talvez o associado não sinta muito isso nos investimentos, máquina equipamento, mas no custeio de lavoura, é um desafio que temos, mas queremos atender com toda a energia a demanda. Nosso compromisso é atender aos anseios do nosso associado, o resultado é uma consequência disso. Estamos empenhados desde dezembro, no sentido de conseguirmos as portarias, porque logo os agricultores precisam plantar trigo. No ano passado foram R$ 78 milhões só de custeio de lavoura do Sicredi. Foram realizados quase 4 mil contratos. Nesse ano estamos pensando em número de R$ 80 milhões para custeio. 


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