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11/09/2020 às 08h06min - Atualizada em 11/09/2020 às 08h06min

Pandemia: “Um tempo de inovação, mesmo com as vendas enfraquecidas”

A afirmação é do casal, Simone e Leandro, proprietários da lanchonete e sorveteria Ice Truck, que é adaptada em um trailer e localizada em frente ao ginásio Ernesto Seger

O isolamento social não é uma realidade para todos, principalmente para aqueles que precisam trabalhar e garantir o sustento da família. Os vendedores, por exemplo, são os trabalhadores que mais possuem contato com todo tipo de cidadão. Além de precisarem se reinventar, foram afetados constantemente. O Sentinela conversou com os proprietários do Ice Truck, Simone Luchese e Leandro Pilatti, para entender a dificuldade por trás do andamento da lanchonete e sorveteria, que é adaptada em um trailer e está localizada em frente ao ginásio Ernesto Seger, de Palma Sola.
Segundo eles, a inauguração foi realizada em dezembro do ano passado, e hoje, o trailer é uma das principais fontes de renda. “Fiquei desempregado e entre as ideias de novas atividades para serem realizadas no município, estava a venda de sorvetes, num bairro onde não há nada nessa linha. Não quis continuar trabalhando fora, por conta da minha pequena, e com isso, decidi investir em algo para trabalhar junto da minha esposa”, conta Leandro.
 
Investimento às escuras
De acordo com a esposa, os dois não sabiam como atender ou até como servir o sorvete, pois nunca haviam trabalhado com aquilo. “Desde o começo, o sorvete é produzido em São Miguel do Oeste. Nem sonhávamos que trabalharíamos com isso. Aos poucos fomos aprendendo, porque não há segredo. Quando tem sol e calor nós gostamos e as vendas são ótimas, mas quando faz frio e chove, temos que partir para outro lado, onde servimos churros e outros salgados”, explica enfatizando que há dias específicos para as vendas de cada produto.
“Milk Shake, sorvetes, pastel e espetinho são servidos todos os dias. Já os churros são de quarta-feira e sábado. Os crepes vamos dar um tempo até voltar os eventos no ginásio. Pretendemos começar a servir fondue nos domingos. E ainda, começamos a servir o açaí também, que é algo muito pedido”, esclarece complementando que o sorvete é artesanal, feito com gordura vegetal de coco. “Presamos a qualidade”, enfatiza.
“Estamos contentes com esse serviço. Hoje estamos em frente de casa, e podemos trabalhar livremente. Em outros lugares da cidade há vendedores de sorvete, mas a ideia era contemplar um lugar onde não tinha. Como dizem: ‘O céu brilha para todos’. Precisávamos fazer algo que o pessoal goste e que seja diferenciado. Os Milk Shake são puro sorvete, onde só colocamos um pouco de leite para conseguir bater e ele não ficar aguado”, complementa esclarecendo que grande parte do que comercializam é comprado, e apenas fazem os churros.
 
Trailer e pandemia
“Quem nos vendeu o trailer nos ensinou a comercializar, ele nos deu muitas dicas e com aquilo, começamos a pôr em prática. Não tem muito segredo. É prático e agrada todo mundo”, acrescenta Leandro complementando que o trailer já foi comprado decorado e que o comerciante que os vendeu, é o seu fornecedor de sorvete. “O trailer é bom, especialmente quando há eventos, podemos nos deslocar até o local. Mas por conta da pandemia, ainda não fomos a nenhum. E também só trabalhamos em um evento do ginásio, que foi o último logo depois que inauguramos”, relembra.
O casal complementa que esse trabalho é uma atividade viável para a família. “Hoje abrimos apenas a tarde e há dias que ficamos até às 23h atendendo. Temos o sorvete invertido que é R$ 10, além do cascão, que é R$ 7. Temos Milk Shake pequeno a R$ 8 e o grande a R$ 12, e casquinha que é R$ 4. E ainda, churros gourmet, a R$ 8, e o churros tradicional, a R$ 5. Estamos com o açaí pequeno a R$ 12 e o maior a R$ 16, além do cupuaçu”, finaliza Leandro.
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