Sucesso ou fracasso
Coluna de opinião do jornal impresso
Larissa Dias
30/10/2020 09h11 - Atualizado em 30/10/2020 às 09h11
Com esse título que pode parecer sugestivo, inicio este texto inspirado numa entrevista do escritor e professor Clóvis de Barros Filho que acompanhei há poucos dias. Aprendi que é preciso encontrar na vida todos os seus valores, que não dá para esperar encontrar o valor da vida no próximo mês ou no ano que passou, é preciso ver o valor da vida hoje. Parece um pensamento óbvio, porém nesta vida agitada a maioria das vezes não é observado.
Não valorizar o tempo de hoje em detrimento do tempo futuro é desperdiçar o que temos hoje sem contar que poderemos não ter tempo de viver nesse futuro imaginado. A falta de paciência é a marca das gerações desses anos e especialmente deste tempo de pandemia. Não estamos sendo educados para a tolerância. E a maior prova disso é tantas queixas de bulling, racismo, atritos políticos, religiosos ou preferência sexual. Nos meus tempos de colégios primários ou secundários tínhamos diversos apelidos de brincadeiras e outras. Más não passava disso mesmo, brincadeira. Isso não traumatizava ninguém porque tínhamos uma educação mais tradicional, aprendíamos a respeitar as diferenças sem chacota de quem quer que seja.
No livro: “Ética e Vergonha na Cara” o autor Mario Sérgio Cortella aborda assuntos que costumamos ver em casa ou na rua e achamos normal como jogar papel no chão. Já o professor Clóvis de Barros Filho abordou um assunto de cunho prático como participar da limpeza na escola ou local de trabalho pelos alunos e funcionários. Isso tudo dentro da normalidade sem que alguém se sentisse ofendido ou diminuído por fazer essa tarefa.
Estes são princípios ensinados e exercidos naturalmente em outros países como o Japão, por exemplo, que tem uma tradição cultural muito acima da nossa. A pergunta que não quer calar é: Que tipo de cidadãos se quer formar? Queremos o caminho que leva ao sucesso? Ou ao fracasso? Queremos uma geração de pessoas educadas e bem formadas? Que saiba ter uma vivência civilizada sem afetação? Ou contribuir para um mundo civilizado e de melhor convivência. A resposta está no tipo de educação que daremos aos nossos filhos ou netos.
Neste ano teremos eleições é bom observarmos atentamente quais os princípios morais e intelectuais dos candidatos. Cabe a nós eleitores a responsabilidade de escolher quem será o condutor do município pelos próximos anos. Esse é assunto pertinente ao mesmo princípio do início deste texto: Sucesso ou Fracasso depende em grande parte para quem será delegado esse poder. Pense bem caro eleitor. Depende da situação você pode ser vítima ou cúmplice.
Reinaldo Guimarães
FONTE: Da redação