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22/07/2022 às 14h34min - Atualizada em 22/07/2022 às 14h34min

Cigarro eletrônico

Coluna de opinião do jornal impresso

Quando se fala em cigarro eletrônico é comum encontrar pessoas relativizando os riscos. No entanto e sabido que há vários riscos. Vamos a alguns: Jovens cada vez mais novos fumando estes vaporizadores, os cigarros eletrônicos. Os jovens de hoje em dia, como os de qualquer época, gostam de modinha, e uma das modinhas da vez é justamente o cigarro eletrônico.
Falei com um rapaz de 15 anos de Flor da Serra do Sul e outro de 17 anos de Palma Sola, ambos confidenciaram que entre os seus amigos pelo menos 80% deles fumam ou já fumaram cigarro eletrônico.
Mês passado, eu, minha esposa e um casal de amigos fomos até o West Music Pub de Anchieta, o local estava lotado. Muito eventualmente fumo charuto, paradoxalmente não me deixaram fumar charuto lá dentro, mas certamente mais de 60% do público presente no West estava fumando cigarro eletrônico. Conheço um dos donos, ele meio sem jeito me explicou que eu não poderia fumar charuto lá em razão do cheiro, quando falei: E esta turma com os PenDrive aí, por que eles podem e eu não? Me respondeu: ‘Cara, se proibirmos cai uns 30% o nosso movimento!’.
Tenho primos fumando estes “PenDrive”, gente que eu gosto e está completamente viciada nestes cigarros eletrônicos.
Segundo os dados da unidade de Saúde de Palma Sola há quase 200 jovens entre 16 e 30 anos viciados em cigarros eletrônicos. Contudo os profissionais falam que estes dados são falhos, uma vez que a maioria dos jovens não admite publicamente estar fumando ou viciada em cigarro eletrônico.
Segundo os profissionais de saúde os níveis de nicotina dos cigarros eletrônicos podem ser tão altos quanto ao cigarro tradicional, então é óbvio que também causa vício. Esta é uma das justificativas da ANVISA para manter o veto ao dispositivo, cuja comercialização é proibida desde 2009 no Brasil. A decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária foi dia 6 de julho, mantendo a proibição de venda e ampliando a fiscalização para coibir o mercado irregular dos dispositivos.
Aos meus olhos é preciso que existam campanhas amplas falando sobre os perigos do cigarro eletrônico. Esta ideia da segurança, que este cigarro eletrônico é inócuo, tem cheirinho bom, de fruta, de planta, com aroma gostoso, é absolutamente equivocada. O cigarro eletrônico de seguro não tem absolutamente nada.
Estas essências de frutinhas e plantas diminuem a percepção da nicotina nos cigarros eletrônicos. O usuário só percebe o gosto ruim da nicotina quando está terminando o aroma que ele colocou.
A nicotina líquida é aquecida dentro deste dispositivo e ao dar uma tragada forma-se um vapor. Para formar este vapor é necessário que se insira substâncias que não existem no cigarro tradicional. Conforme dados da ANVISA o usuário do cigarro eletrônico aumenta em 42% as chances dele ter um infarto, o adolescente que fuma estes PenDrive aumenta em 50% a chance dele ter uma asma.
Em média um cigarro comum oferece 15 tragadas, um maço teria então no máximo 300 tragadas, já um vaporizador de 1.500 tragadas seria o equivalente a 5 maços de cigarro comum.
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